sexta-feira, 11 de maio de 2012

Passando "Sete dias com Marilyn" Monroe



Ela morreu há 50 anos. Se estivesse viva estaria com 86. Até hoje, a atriz Marilyn Monroe permeia o imaginário de gerações que vivenciaram, ou não, seus anos dourados no cinema e na vida real.

Por isso, continua sendo lembrada em looks de cantoras como Madonna e Lady Gaga, exposições e filmes, entre outros. A mais recente reminiscência está registrada na película “Sete dias com Marilyn”, em cartaz desde 27 de abril último.

Trata-se da admiração e total encantamento do escritor britânico Colin Clark por Marilyn, na época em que foi o terceiro assistente de direção do 29º filme da atriz “The Prince and the Showgirl” (“O Príncipe Encantado”). Segundo ele, os fatos aconteceram em 1956, quando ela tinha 30 anos e ele 23.


Por uma semana, a estrela buscou conforto nos braços do empregado mais jovem do set, quando experimentava uma de suas crises de insegurança e instabilidade emocional. “Sete dias com Marilyn” relata como Colin passou a partilhar os segredos de Marilyn Monroe e até a cama dela.

Mas, quem espera um romance quente e movido a escândalos, engana-se! Na verdade, o filme é suave e despretensioso. Colin (Eddie Redmayne) demonstra protagonizar um sonho, sem acreditar em todos os eventos. Vive em estado de êxtase e sua relação com Marilyn pode ser traduzida como uma forte amizade, sem deixar de lado o seu estado de louvação e paixão pelo mito.

Na história, esse jovem, de família tradicional inglesa, sai de Oxford em busca de sucesso na indústria do cinema e acaba trabalhando com Sir Laurece Olivier (Kenneth Branagh), diretor e ator de “The Prince and the Showgirl”.


Durante as filmagens, sua proximidade com Marylin intensifica e ela começa a buscar no assistente uma companhia agradável. Para ela, o rapaz é um amigo que oferece horas descontraídas e livres de compromissos e pressões de seus empresários, fãs, estúdio, mídia, agentes e do recém-marido, o dramaturgo Arthur Miller (Dougray Scott).

Quanto às dúvidas levantadas por críticos e curiosos sobre as razões que a levaram a escolher Colin (consciente de que iria abandoná-lo depois) para ser o seu apoio, ao invés de Sybil Thorndike, quem melhor a tratou e quem mais perto dela estava para compreendê-la, fica por conta da plateia, já que o filme não as explica claramente.

O filme “Sete dias com Marilyn”, dirigido por Simon Curtis, foi lançado em 2011 e tem no papel principal Michelle Williams, pelo qual concorreu ao Oscar 2012 de melhor atriz. Ela chegou a engordar sete quilos e a amarrar cintos nos joelhos para imitar a maneira de andar de Marilyn.


Sua preparação começou 10 meses antes das filmagens. Ela conta, em entrevistas, que assistiu diversas vezes aos filmes da estrela, conversou com a fotógrafa Eve Arnold, falecida em janeiro deste ano, famosa pelas belas imagens clicadas de Marilyn, entre outros processos de criação da personagem. Resultado: não brilhante, mas uma boa atuação.

Literatura
Colin Clark registrou essa semana em um diário, que teve trechos lançados em dois livros, em 1995 e 2000. O primeiro título é “The Prince, the Showgirl and Me”, em que relata acontecimentos ocorridos durante a rodagem daquele filme. Só depois, ele revela essa semana no livro “My Week With Marilyn”, no qual esse filme é baseado. Se ainda não viu, vale a pena ir ao cinema! Há sessões do filme em 3D.

Serviço:
“Sete dias com Marilyn” (“My week with Marylin”), 99 min., 2011, Inglês, drama, 12 anos.
Direção: Simon Curtis
Elenco: Michelle Williams, Eddie Redmayne e Kenneth Branagh

Trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=gSmz-r9MFm8

sábado, 28 de abril de 2012

Quem é ele? Esse tal de Let´s Rock!


Até o dia 27 de maio, os amantes, simpatizante ou apenas curiosos terão a oportunidade de entrar em contato com fatos históricos, fotografias, instrumentos e muito som, luz e projeções sobre o gênero musical rock´n roll.


Tudo isso faz parte da exposição “Let´s Rock”, em cartaz na Oca, parque do Ibirapuera. Em pouco mais de 10 mil m², o público tem a liberdade para circular por vários movimentos do estilo musical, seja por meio de “túneis acústicos”, painéis, projeções ou instrumentos, recheados de música.

O passeio é leve, pois há pouco conteúdo escrito. Os organizadores priorizaram os sentidos visuais e auditivo. Lá, você vai ver diversas fotos e ter a oportunidade de ouvir trechos de muitas canções.

A distribuição do acervo faz uma uma extensa linha cronológica, dividida por bandas, de acordo com associações musicais e sons semelhantes. Como resultado, a oportunidade de saborear estilos em décadas diferentes.

Registros históricos
O grande destaque da Let’s Rock é a presença de 75 fotografias do lendário Bob Gruen. Ele era, simplesmente, amigo de John Lennon – e seu fotógrafo pessoal. Há cinco anos, Gruen teve seu arquivo fotográfico exposto na Faap,em São Paulo.

O fotógrafo é do tempo em que jornalistas e músicos tinham uma relação mais próxima, sem a presença de assessores e agentes para intermediá-los (ou bloquear as relações).

Os fotógrafos brasileiros, Marcelo Rossi e Otavio Sousa, juntos, completam a coleção composta por 200 imagens de artistas nacionais e de mega-shows que passaram pelo Brasil.

São quatro pisos de rock. No térreo, logo na entrada, o visitante é convidado a seguir uma pequena linha do tempo do rock. No subsolo, há fotografias e os contêineres musicais. O primeiro andar é dedicado a objetos pessoais de músicos brasileiros e estrangeiros, como cartazes, roupas e instrumentos.

Já no segundo andar, uma surpresa: por meio de uma projeção em 180º, é possível viver a experiência de estar no meio de uma multidão de shows que vão de Beatles a Libertines. Você coloca um fone de ouvido, deita-se em um puff e boa “viagem”.

Serviço:
Let’s Rock – A Exposição.
Oca. Parque do Ibirapuera.
Av. Pedro Álvares Cabral, S/N, portão 3, Moema. Tel.: 4003-1212.
R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira).
Até 27/5, das 10h às 22h.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sesc Pinheiros apresenta o “Solos de Duos”

Estreia hoje, 17 de abril, e vai até 09 de maio, o espetáculo “Solos de Duos”. O evento é grátis e será exibido na Sala de Leitura do Sesc Pinheiros.

Segundo a assessoria de imprensa do grupo “Silenciosas+GT’aime”, criador da apresentação, trata-se de um trabalho com depoimentos pessoais sobre relacionamentos amorosos nos dias de hoje.

São cinco intérpretes-criadores que usam a abstração da dança para contar histórias pertinentes a eles. A intenção é discutir a dificuldade de se relacionar, em uma época em que não há mais padrões a serem seguidos.

“Solos de Duos” foi desenvolvido para ser apresentado em locais alternativos, como ambientes públicos - abertos ou não -, que estejam situados ou ligados a espaços culturais diversos.

A flexibilidade do jogo cênico e expressão corporal permitem que seus intérpretes utilizem desde salas multiuso, de exposição e corredores até pátios, jardins, vãos e bibliotecas, entre outros. O conceito engloba a proposta de adaptação do espetáculo ao ambiente que serve como palco.

“Solos e Duos” explora a dança artesanal, visando a interação com a plateia. Para isso, conta com as experiências e pesquisas, baseadas em experimentações com a dança, jogos e estado cênicos, misturando técnicas de teatro e artes marciais.

Serviço:“Solos de Duos”, Grátis, 40 min., livre.
Sesc Pinheiros – Sala de Leitura (50 lugares)
Rua Paes Leme, 195 - Tel. 3095-9400
Informações da bilheteria: Terça à sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.
www.sescsp.org.br/pinheiros
Terças e Quartas, às 20h30
Somente 7 apresentações
Abril: 17, 18, 24 e 25
Maio: 02, 08 e 09 (exceto dia 1º)

Ficha Técnica:
Direção e Concepção: Diogo Granato
Intérpretes-criadores: Ana Noronha, Carolina Brandão, Flavio Falcone, Michelle Farias e Nathalia Catharina
Iluminador-Intérprete: Marcelo Esteves
Produção: Cau Fonseca
Assistente de Produção: Guilherme Funari

sexta-feira, 13 de abril de 2012

"Um Método Perigoso" tem bom roteiro


Quem tem inclinação pela área de psicologia pode gostar do filme “Um Método Perigoso”, em cartaz desde o mês passado, no Brasil. A história é baseada no livro “A Most Dangerous Method”, de John Kerr. Antes das telonas, a trama foi adaptada para o teatro, com o título “The Talking Cure”.

No cinema a literatura foi roteirizada pelo premiado escritor Christopher Hampton, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro por “Ligações Perigosas”.

Acompanhado de uma bela fotografia e elegante figurino, o roteiro bem articulado foca três aspectos da vida pessoal do famoso e clássico psicanalista Carl Gustav Jung (Michael Fassbender).

A narrativa começa retratando a distância afetiva de Jung, em relação à esposa Emma (Sarah Gadon), em paralelo com o conflito interno causado pela repressão de seus desejos por sua paciente Sabina Spielrein - interpretada com grande força dramática pela atriz Keira Knightley - e sua insatisfação sobre o comportamento rígido de Sigmund Freud (Vigo Mortensen).


Portanto, não entre na sala escura pensando que terá uma aula sobre as teorias célebres de Jung, como o Inconsciente Coletivo, Interpretações de Sonhos, Símbolos, Libido como energia psíquica etc. Muito menos, esperando calorosas discussões entre os dois maiores psicanalistas do século XX, Freud e Jung.

Porém, o filme louva o que propõe. Trata com assertividade a perturbação mental de Jung, deflagrada entre o desejo sexual por Sabina e seus valores e princípios morais pertinentes ao adultério, impostos pela sociedade. Coloca em evidência discordâncias de certas teorias e conceitos do irredutível Freud, a passividade da esposa diante do romance com Sabina e a insegurança e vaidade de Freud.

É libertador, de certa forma, entrar em contato com as angústias, inseguranças e medo dos grandes mestres da psicanálise com questões que assolam até hoje mentes de homens e mulheres mais simples. E isso o filme abarca bem, embora sem tanta profundidade.


O período retratado diz respeito a sete anos, iniciados em 1904, quando Sabina chega à Clínica Burgholzli, onde Jung trabalhava. Ele decide tratá-la com um dos métodos da psicanálise freudiana, dialogando com a paciente.

Escutando suas memórias infantis e indagando sobre a participação de seu pai em sua vida, Jung obtém resultados evolutivos e o romance entre os dois desenvolvem na mesma proporção. Esse seria o método perigoso, que dá o título ao filme.

Com isso, surge a paixão entre eles e o famoso debate sobre o envolvimento entre terapeuta e paciente. Dois anos depois, Jung procura Freud. A troca é enriquecedora para ambos e, com o tempo, turbulenta. A amizade é rompida devido, principalmente, às ideias “alternativas” de Jung e suas discordâncias de conceitos freudianos já consagrados. Nada profundo.

O drama, no entanto, é envolvente e em certos momentos intrigante, desperta interesse pela história, mas não supre todas as curiosidades. Apesar de estático, tem uma dinâmica coerente, com reviravoltas previsíveis.

Sobre Sabina
Sabina Spielrein era russa. Judia, nasceu em 1885 e morreu em 1942, assassinada por soldados nazistas, juntamente com suas duas filhas. Seu convivio com Jung foi a ponte para tornar-se uma das primeiras psicanalistas do mundo. Ela influenciou diversos aspectos do trabalho de Jung, destancando-se como uma excelente pesquisadora.

Ficha Técnica
“Um Método Perigoso”, 99 minutos, 2011, EUA, drama, colorido, 14 anos
Diretor: David Cronenberg
Elenco: Michael Fassbender, Viggo Mortensen, Keira Knightley, Vincent Cassel, Sarah Gadon, Michael Fassbender
Produção: Martin Katz, Marco Mehlitz
Roteiro: Christopher Hampton
Fotografia: Peter Suschitzky
Trilha Sonora: Howard Shore

Família Addams garante diversão

Escrito em 05/04/2012

Para quem gosta de musical, São Paulo está em um momento diverso desse gênero. Entre eles: “Hair”, “Priscilla, Rainha do Deserto”, “Tim Maia-Vale Tudo, o Musical”, “A Família Addams” e “Um Violinista no Telhado”.


Esse final de semana prolongado, 06, 07 e 08 de abril, é uma boa oportunidade para ver um deles, entre outras programações culturais exibidas na cidade.

Hoje falarei do musical “A Família Addams”. O evento estreou no dia 02 de março e permanece em cartaz no Teatro Abril.

É, de fato, uma superprodução, adaptada de um espetáculo da Broadway, e a sua primeira montagem fora dos Estados Unidos. Vale a pena pelo figurino, cenários, montagem cenográfica (é rápida e muito precisa), iluminação e efeitos especiais.

E, se você, tem apreço por essa família, não vai se arrepender, já que os trejeitos, crenças e interpretações dos atores brasileiros estão próximas dos apresentados nos formatos quadrinhos, séries de TV e filmes.


Marisa Orth interpreta Morticia e Daniel Boaventura é o Gomez Addams. Os destaques são Gustavo Daneluz, na pele de Feioso, que exibe excelente voz, segurança e desenvoltura no palco e Claudio Galvan, com carisma, voz e graça interpreta Fester. Eles vivem os personagens sem caricaturas, nada apelativos, assim como Rogério Guedes, o Tropeço. São os mais parecidos com os personagens originais.

O vetor da trama é o fato de a filha de Morticia e Gomez, Wandinha (Laura Lobo) ter se transformado em uma jovem mulher e se apaixonado pelo doce e inteligente Lucas (Beto Sargentelli), oriundo de uma família “normal”. A partir daí, o enredo vai sendo desenvolvido, acompanhado de coreografia, balé e música, executada pela orquestra, ao vivo, que fica no fosso, abaixo do palco.


O elenco ainda conta com Iná de Carvalho como Vovó Addams, Nicholas Torres também como Feioso, alternante, Paula Capovilla (Alice) e Wellington Nogueira, o Mal. Os dois últimos são pais de Lucas.

O macabro e divertido clã surgiu nos quadrinhos, na década de 1930. Antes de chegar ao teatro, já estrelou em programas de TV e no cinema.

O musical “A Família Addams” é inspirado nas criações do cartunista americano Charles Addams (1912 – 1988). Em 1933, quando tinha apenas 21 anos, sua obra foi publicada na “The New Yorker”. Ao longo de quase seis décadas, ele tornou-se um dos colaboradores mais queridos da revista.

Mais de 15 livros de seus desenhos foram publicados em todo o mundo, incluindo a nova coleção “The Addams Family: An Evilution”, a primeira história completa de “A Família Addams”, incluindo mais de 200 cartoons, dos quais muitos inéditos.

Serviço
“A Família Addams”
Teatro Abril
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411
De R$ 70 a R$ 250.
De quinta e sexta, às 21h. Sábado, às 17h e 21h. Domingo, às 16h e 20h.
Os ingressos estão à venda no teatro, de segunda a sábado, das 12h às 20h, e aos domingos, das 14h às 20h.
Vendas pelo telefone (11) 4003-5588 ou neste link https://premier.ticketsforfun.com.br/default.aspx

segunda-feira, 12 de março de 2012

Branco e preto, mudo e francês, “O Artista”, é o grande vencedor do Oscar 2012

Texto escrito em 27 de fevereiro de 2012

Foi domingo, dia 26 de fevereiro, a festa de premiação da 84ª edição do Oscar. Sem surpresas, os dois filmes mais badalados da noite foram “O Artista”, que teve 10 indicações e ficou com cinco estatuetas e “A Invenção de Hugo Cabret”, que foi indicado para 11 categorias e também ficou com cinco.

Porém, “O Artista” quebrou barreiras, por ser um filme francês e levar as três categorias mais importantes: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator. Também foi premiado exibindo a Melhor Trilha Sonora e o Melhor Figurino. ´

Além disso, o filme é em branco e preto e mudo, características desvalorizadas na Hollywood do ano de 1927 em diante.

Já “A Invenção de Hugo Cabret”, de Martin Scorsese venceu as indicações nas categorias de Melhor Som, Edição de Som, Efeitos Visuais, Direção de Arte e Fotografia.


Quem já assistiu ao filme “A Dama de Ferro” deve ter notado a grande semelhança de Meryl Streep com o seu personagem Margaret Tatcher. Essa proeza levou o Oscar de Melhor Maquiagem.

A talentosa profissional ficou com a premiação de Melhor Atriz. Meryl Streep, 62 anos, tem agora sobre sua prateleira três estatuetas. Ela é recordista na sua categoria, colecionando 17 indicações ao Oscar.

A produção “Meia-Noite em Paris” foi consagrada como o Melhor Roteiro Original, muito bem merecida, porém mais uma vez Woody Allen menospreza a festa. Na ocasião, não houve representante para receber o prêmio.

Além de “O Artista” quebrar o paradigma da festa, o filme iraniano “A Separação” causou um rompimento mais profundo. Venceu a disputa de Melhor Filme Estrangeiro, ultrapassando o polonês “In Darkness”, que aborda o holocausto judeu na II Guerra Mundial. Esse tema é um dos preferidos da academia. Quem sabe ela está percebendo o quanto o assunto está esgotado.

O Irã, que continuamente tem passado por períodos de tensão com o Ocidente, perdeu um Oscar em 1998, quando “Filhos do Paraíso” foi derrotado para o italiano “A Vida é Bela”, de Roberto Benigni, que tratava do holocausto.

E mais uma vez o Brasil volta para casa de mãos vazias. Mesmo com apenas um adversário no item Canção Original, a música “Real in Rio”, parte da trilha-sonora da animação “Rio”, composta por Carlinhos Brown e Sergio Mendes, não conseguiu superar “Os Muppets – O Filme”. É mesmo difícil vencer uma canção de um longa-metragem da Walt Disney Pictures. Quem se iludiu?

Bem, agora veja a lista completa dos vencedores do Oscar 2012:

Confira a lista dos premiados:

Melhor Filme
O Artista

Melhor Atriz
Meryl Streep, por A Dama de Ferro

Melhor Ator
Jean Dujardin, por O Artista

Melhor Atriz Coadjuvante
Octavia Spencer, por Histórias Cruzadas

Ator Coadjuvante
Christopher Plummer, por Toda Forma de Amor

Melhor Diretor
Michel Hazanavicius, por O Artista

Melhor Edição
Millenium - Os Homens que não Amavam as Mulheres

Melhor Documentário
Undefeated

Melhor Documentário em Curta-Metragem
Saving Face

Melhor Animação
Rango

Melhor Trilha Sonora
O Artista

Melhor Canção Original
Man or Muppet, de Os Muppets (Bret McKenzie)

Melhor Roteiro Original
Meia-noite em Paris

Melhor Roteiro Adaptado
Os Descendentes

Melhor Som
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor Edição de Som
A Invenção de Hugo Cabret

Melhores Efeitos Visuais
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor Curta-Metragem de Animação
The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore

Melhor Curta-Metragem
The Shore

Melhor Filme Estrangeiro
A Separação

Melhor Maquiagem
A Dama de Ferro

Melhor Figurino
O Artista

Melhor Direção de Arte
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor Fotografia
A Invenção de Hugo Cabret

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

“O Estrangeiro” é mais um absurdo de Camus


A peça “O Estrangeiro”, adaptação homônima, de Morten Kirkskov, de um dos mais famosos romances do século XX, escrito pelo francês Albert Camus, está em cartaz no teatro Cacilda Becker, a preço popular.

Nela, o ator Guilherme Leme interpreta Meursault, o personagem principal de “O Estrangeiro”. Ele é dono de uma vida banal, sem muitas novidades ou grandes emoções. Um sujeito pacato que recebe a notícia sobre a morte de sua mãe e a partir disso é protagonista de situações absurdas.

Sem a menor razão ou explicação, ele comete um crime. Mata um árabe, é preso e condenado à morte. Os acontecimentos são gratuitos, sem sentido, desde o seu namoro com uma moça até o cárcere.


A peça conta a história de um homem, sem rédeas nas mãos, arrastado pela correnteza da vida, pronta a atrair dramas pessoais, angústias e cólera de certo “alguém”, incapaz de dirigir a sua própria história.

O ponto central da obra de Camus, prêmio Nobel de 1957, é debater o “absurdo”. Camus contrapõe os desejos de liberdade e a condição aprisionada do homem diante de ritos, dogmas e comportamentos sociais. Ele também sugere em “O Estrangeiro”, refletir sobre o pseudo-controle do homem sobre a vida.

Para Meursault, que não encontra explicação, nem consolo para o que lhe acontece, a trajetória da vida humana também discorre a revelia. O texto questiona a fé, a religião e ideologia, já que Meursault não tem onde se amparar, diante dos trágicos fatos.


Leme interpreta muito bem o protagonista e, sozinho no palco, leva a plateia a explorar sua imaginação. Sem dúvida, o ator conta bem a história desse homem que é livre, que pode fazer de si o que bem intenciona, mas, ao mesmo tempo, está aprisionado em seu próprio abismo.

Essa literatura ganha vida no teatro, pela primeira vez. Tudo começou, há cinco anos, na Dinamarca, onde Guilherme Leme e Vera Holtz foram passar o Natal. Lá, conheceram o texto do amigo dinamarquês Morten. “Ele já tinha montado a peça e deu a sua adaptação para eu ler. Eu já gostava do livro e fiquei encantado com a possibilidade de levar “O Estrangeiro” aos palcos”, conta Guilherme.

O processo levou dois anos para sua maturação, com leituras dramatizadas para amigos e público. “É como se eu tivesse feito alguns workshops pelo Brasil até chegar ao ponto certo. Como uma fruta que amadurece... Então, chamei a Vera para me ajudar na direção, já que ela estava presente desde o início da história”, explica ele.


“Aceitei dirigir o Guilherme, porque somos amigos há 20 anos e existe uma cumplicidade muito grande entre nós. Já trabalhamos juntos na televisão e no palco, mas agora posso exercer um outro olhar; ver o Guilherme de fora”, revela Vera.

Segundo a Assessoria de Imprensa Morente Forte, em meados de 2012, o espetáculo viaja pela Europa, para temporadas em Lisboa e Paris, além de participar do festival de Edimburgo na Escócia.

Ficha Técnica:
Texto: Albert Camus
Adaptação: Morten Kirkskov
Tradução: Liane Lazoski
Direção: Vera Holtz e Guilherme Leme
Interpretação: Guilherme Leme
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenografia: Aurora Dos Campos
Trilha e Música Incidental: Marcelo H
Produção: Galharufa Produções

Serviço:
O Estrangeiro, 60 minutos, 14 anos.
Teatro Cacilda Becker (195 lugares)
Rua Tito, 295 - Lapa
Informações: 3864.4513
Bilheteria: de terça a domingo, das 14h às 20h.
Aceita todos os cartões de crédito e débito.
Vendas: 4003.1212 e www.ingressosrápido.com.br
Sexta e Sábado, às 21h – Domingo, às 19h
Ingressos: R$ 20

Curta Temporada: de 10 de fevereiro a 04 de março

“Drive” estreia dia 02 de março

Se você gosta de filmes contendo ação, violência, carros, perseguição e um romance nada meloso, assista ao filme “Drive”. A produção já foi exibida durante o Festival do Rio, em 6 de outubro passado, porém sua estreia brasileira, no circuito comercial, está prevista para o dia 02 de março.

A película é a nona direção do dinamarquês Nicolas Winding Refn e a primeira norte-americana. Entre as outras do diretor estão Medo X (2003), Bronson (2008) e a trilogia Pusher (1996, 2004 e 2005). Mas, foi com “Drive”, que Refn recebeu o prêmio de Melhor Diretor em Cannes 2011, o que lhe deu mais visibilidade.

A história não é das mais originais. Passa-se em Los Angeles (EUA) e retrata a vida de um mecânico de carros, que nas horas vagas ganha dinheiro como dublê de motoristas em filmes, graças a sua grande habilidade e ousadia atrás do volante.

Aproveitando o talento nas pistas, o personagem, sem nome, vivido por Ryan Gosling, também presta serviços como motorista, para criminosos. Portanto, sua vida se divide em participações anônimas em filmes, consertos em automóveis e evasões velozes, ligadas ao crime. Esse homem, aparentemente frio, começa a revelar suas emoções quando conhece Irene.

Enquanto o marido está na cadeia, Irene e o filho criam fortes laços afetivos pelo motorista. A relação entre ele e o menino, rapidamente, se iguala a de pai e filho. Já com a mulher, interpretada por Carey Mulligan (“Orgulho e Preconceito” e “Educação”), a paixão é contida, suprimida externamente, mas latente, tanto dentro dele quanto dela.

Está aí, em minha opinião, a qualidade da história. A partir do amor que ele nutre por ela, acontece uma descoberta de sentimentos nobres e incondicionais, contrapondo ao seu comportamento violento. A atração afetiva desperta nele uma razão para viver e uma felicidade, que parece não sido experimentada até então.

A distinção de “Drive” para os previsíveis e cansativos mainstreams hollywoodianos, envolvendo romance, violência, carros e crimes está, justamente, nessa intenção de aprofundar os conflitos psicológicos do personagem, assim como o de explorar o maniqueísmo que comungam, conflituosamente, dentro do ser humano.

A abordagem do universo da sexualidade masculina é um destaque, já que o homem (do senso comum) preza por envolvimentos concretos. Em “Drive”, a relação é sublimada. Ele mata, rouba, coloca sua vida em risco, sem nada em troca. Apenas para proteger a amada.

Em “Drive”, o protagonista é lacônico, silencioso, pouco expressivo. Ama com a mesma intensidade que odeia. Um escorpião, estampado em sua única e emblemática jaqueta, sugere um clima mais intrigante ao personagem.

O aracnídeo tem sua origem remontada há mais de 400 milhões de anos, sobrevivendo a todos os grandes cataclismos que destruíram milhares de espécies vivas, entre outras características bastante associadas ao personagem.

O filme tem uma pitada de GTA (Grand Theft Auto) e parece pertencer aos anos 70 e 80. O cenário, o figurino, direção e, principalmente, a trilha sonora pop-eletrônica, de Cliff Martinez, colaboram imensamente com essa impressão.

O ator canadense Ryan Gosling, 31, está ótimo no papel, mas lembra muito personagens construídos por Clint Eastwood. O belo moço é conhecido por suas boas atuações em “Half Nelson” (2006), “Namorados para sempre” (2010) e “A garota Ideal” (2007).

Há também outros bons atores como Bryan Cranston, Ron Perlman e Albert Brooks. Já a presença de Christina Hendricks (seriado “Mad Men”) deixa a desejar. A moça não tem nada de femme fatale, como sugerido. Não apimenta, nem enriquece o enredo. O roteiro é de Hossein Amini (Honra e Coragem), baseado no livro “Drive”, de James Sallis, lançado em 2005.

Cena preferida
O motorista carregando no colo o garoto tomado pelo sono.
Curiosidades
A brasileira Lovefoxx do CSS canta a música “Nightcall”, com Kavinsky.
Cliff Martinez é o compositor favorito de Steven Soderbergh.
A trilha de “Drive” lembra as canções do filme “Contágio”.
Uma norte-america está processando a produção por, segundo ela, induzir em seus comerciais que a película seria mais um genérico do tipo “Velozes e Furiosos”, e não o é.

Trailer do filme
http://www.youtube.com/watch?v=lj95nnGmEdU&noredirect=1


Ficha técnica
“Drive”, 2011, EUA, Ação, 100 minutos.
Direção: Nicolas Winding Refn
Atores: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Bryan Cranston, Albert Brooks.
Roteiro: Hossein Amini
Produção: Michael Litvak, John Palermo, Marc Platt, Gigi Pritzker e Adam Siegel
Música: Cliff Martinez
Fotografia: Newton Thomas Sigel
Direção de arte: Christopher Tandon
Figurino: Erin Benach
Edição: Matthew Newman
Efeitos especiais: Wildifire Visual Effects
Site oficial: http://www.drive-movie.com
Estúdio: Bold Films/ Odd Lot Entertainment/ Marc Platt Productions/ Seed Productions
Distribuidora: Imagem

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

"Festim Diabólico" pode ser visto no teatro


Está em cartaz, no teatro Nair Belo, a peça “Festim Diabólico”. O texto montado no teatro britânico, em 1929, com o título “Rope”, é a obra mais reconhecida do escritor inglês Patrick Hamilton. Com montagem inédita no Brasil, a história é baseada em fatos reais e conta com os atores Alexandre Barros, André Fusko, André Hendges, Carlos Capeletti, Luli Miller, Patrícia Vilela e Ricardo Homuth.

A direção, realizada pelo cineasta Carlos Porto de Andrade Jr., tem a intenção de mesclar as linguagens de cinema e teatro, mas somente em poucos momentos o objetivo é alcançado.

O enredo, que faz referência ao conceito de super-homem, de Nietzsche, como teoria acadêmica, conta a história de dois jovens que tramam degustar do poder triunfante de ter nas mãos a vida e a morte de um ser humano.

Para isso, eles (interpretados por Alexandre Barros e André Fusko) matam David, um colega de escola (que não aparece em cena), apenas para provar a si mesmos que podem cometer o crime perfeito.

Depois, resolvem convidar amigos em comum entre eles e a vítima, além do pai de David, para uma festa de aniversário surpresa para o morto, que está o tempo todo presente dentro de um baú, que hora se reveza na função de banco e peça de decoração.

Idealizador do projeto, o ator Alexandre Barros conta que quando terminou de ver o filme ficou muito entusiasmado e, vendo o “making of”, descobriu que havia sido adaptado de uma peça.

“Achei genial e tive vontade de montá-la na hora. Fui a Londres comprar os direitos autorais e quis fazer o processo de montagem, baseado na peça. Foi um longo processo que durou quatro anos para ser finalmente realizado”, diz ele.

Cinema

Encantado com o sucesso da peça, inspirada no caso Leopold-Loeb, em que dois estudantes da Universidade de Chicago assassinam um colega universitário, Alfred Hitchcock decidiu filmar a história nos Estados Unidos, de 1948, dando origem ao suspense “Rope”.

Foi o primeiro filme colorido do diretor Alfred Hitchcock. Todo realizado em tomadas contínuas de quatro a dez minutos (plano-sequência), tendo apenas oito cortes, ele foi editado de forma a dar a impressão que não houve cortes durante as filmagens.

O filme esteve inacessível ao público por muitos anos, pois Hitchcock havia recomprado os seus direitos, juntamente com os direitos de Rear Window (Janela Indiscreta), The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), Vertigo (Um Corpo que Cai) e The Trouble with Harry (O Terceiro Tiro). A intenção dele foi deixá-los de legado para sua filha. Esses filmes ficaram conhecidos como “os cinco filmes perdidos de Hitchcock”, e só foram relançados em 1984, cerca de quarenta anos após suas estreias.

Serviço
Festim Diabólico, 80 minutos. 16 anos, Suspense
Teatro Nair Bello (200 lugares)
Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569 – 3° andar.Telefone: 3472-2414
Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 21h30; domingos, das 14h40 às 19h.
Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque. Estacionamento: R$ 6 até duas horas.
Vendas: www.ingresso.com e tel. 4003-2330
Sexta, às 21h30. Sábado, às 21h. Domingo, às 18h.
Ingressos: Sexta R$ 10 (preço único, promocional). Sábado e Domingo R$ 40
Estreia dia 20 de janeiro de 2012
Até 18 de março

Ficha Técnica:
Texto original: Patrick Hamilton
Direção: Carlos Porto de Andrade Jr.
Co-direção: Eduardo de Santhiago
Elenco: Alexandre Barros, André Fusko, André Hendges, Carlos Capeletti, Luli Miller, Patrícia Vilela e Ricardo Homuth
Cenografia e figurinos: Aby Cohen e Lee Dawkins
Desenho de luz e Fotografia: Rinaldo Martinucci
Trilha Sonora: Eduardo Queiroz
Programação visual e assistência aos ensaios: Emerson Brandt

Curiosidades
Em seus filmes Hitchcock faz uma pequena aparição. Neste, ele aparece bem no início ao atravessar a rua e pode ser visto também no cartaz de neon, que reflete na janela do apartamento dos dois assassinos.

Cary Grant era a escolha original de Hitchcock para o papel do professor Rupert Cadell e Montgomery Clift para o papel de Brandon Shaw.

Oscar 2012, veja as indicações!

Texto escrito em 27/01/12
Foi divulgada nesta última terça-feira, dia 24, a lista dos candidatos ao Oscar 2012. O filme escolhido, por especialistas no Brasil, para concorrer à indicação pela estatueta foi “Tropa de elite 2”, mas a película não alcançou pontuação suficiente para fazer parte da competição.

No entanto, os brasileiros podem se alegrar, pelo menos um pouco. Entre as 39 canções indicadas para a categoria de melhor música original, apenas duas vão concorrer ao prêmio. Uma delas é “Real in Rio – Jamie Foxx”, letra de Siedah Garrett e música do maestro Sergio Mendes e Carlinhos Brown, pelo filme de animação “Rio”. A outra é "Man or Muppet", composta e musicada por Bret McKenzie, para a produção “Os Muppets”.

Por outro lado, este ano serão nove melhores filmes concorrentes. Com 11 indicações está "A Invenção de Hugo Cabret", aventura em 3D, do diretor Martin Scorcese. Com 10, está o filme mudo "O Artista", que já recebeu três Globos de Ouro (melhor filme de comédia/ musical, melhor ator de comédia/ musical e melhor trilha sonora). Em seguida estão "O homem que mudou o jogo", estrelado por Brad Piit, e "Cavalo de guerra", de Steven Spielgerg, cada um com seis indicações. Finalizando a lista aparecem "Os Descendentes", "Histórias cruzadas", "Meia-Noite em Paris", “A Árvore da Vida” e “Tão forte e Tão perto”.

"Os Descendentes" também se destacou no Globo de Ouro (melhor filme de drama e melhor ator de drama). Para o Oscar, ele concorre nas categorias de melhor direção, ator, atriz coadjuvante e roteiro adaptado.


A transmissão será realizada, ao vivo, domingo, dia 26 de fevereiro, por emissoras de 225 países. No Brasil, uma opção é o canal TNT, a partir das 22 horas. A cerimônia de premiação da 84ª edição do Oscar ocupará o palco do Kodak Theatre,em Los Angelese contará com a apresentação do ator Billy Crystal, que já esteve na função em outras oito oportunidades.

A surpresa ficou com a indicação do iraniano "A Separação", em cartaz no Brasil, para roteiro original. Ele também foi indicado a melhor filme estrangeiro.

O veterano Woody Allen ("Meia-Noite em Paris") concorre ao Oscar de melhor roteiro original. Meryl Streep (“A dama de ferro) e Michelle Williams (“Sete dias com Marilyn”), premiadas nos Globos, estão na disputa, juntamente com Glenn Close, por "Albert Nobbs", Viola Davis, em "Histórias Cruzadas", Rooney Mara ("Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres").


Já a lista para o prêmio de melhor ator foi preenchida com Demian Bichir ("A Better Life"), George Clooney ("Os Descendentes"), Jean Dujardin ("O Artista"), Brad Pitt ("O Homem que Mudou o Jogo") e Gary Oldman (“O Espião que Sabia Demais”).

Veja os demais indicados!

Filme
"A Árvore da Vida" (já lançado em DVD)
"Os Descendentes" (estreia hoje, 27)
"Histórias Cruzadas" (estreia em 3 de fevereiro)
"A Invenção de Hugo Cabret" (estreia em 17 de fevereiro)
"O Homem Que Mudou o Jogo" (estreia em 17 de fevereiro)
"Cavalo de Guerra" (em cartaz)
"O Artista" (estreia em 10 de fevereiro)
"Meia-Noite em Paris" (já lançado em DVD e Blu-ray)
"Tão Forte e Tão Perto" (estreia em 2 de março)

Direção
Woody Allen - "Meia-Noite em Paris"
Michel Hazanavicius - "O Artista"
Alexander Payne - "Os Descendentes"
Martin Scorsese - "A Invenção de Hugo Cabret"
Terrende Malick - "A Árvore da Vida"

Ator
Demián Bichir - "A Better Life" (sem data de estreia)
George Clooney - "Os Descendentes"
Jean Dujardin - "O Artista"
Gary Oldman - "O Espião Que Sabia Demais" (em cartaz)
Brad Pitt - "O Homem Que Mudou o Jogo"

Atriz
Glenn Close - "Albert Nobbs" (estreia em 2 de março)
Viola Davis - "Histórias Cruzadas"
Rooney Mara - "Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres" (estreia hoje, 27)
Meryl Streep - "A Dama de Ferro" (estreia em 10 de fevereiro)
Michelle Williams - "Sete Dias com Marilyn" (estreia em 10 de fevereiro)

Ator Coadjuvante
Christopher Plummer - "Toda Forma de Amor" (já lançado em DVD)
Jonah Hill - "O Homem Que Mudou o Jogo"
Kenneth Branagh - "Sete Dias com Marilyn"
Nick Nolte - "Guerreiro"
Max von Sydow - "Tão Forte e Tão Perto"

Atriz Coadjuvante
Berenice Bejo - "O Artista"
Jessica Chastain - "Histórias Cruzadas"
Melissa McCarthy - "Missão Madrinha de Casamento" (já lançado em DVD)
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Octavia Spencer - "Histórias Cruzadas"

Roteiro original
"O Artista" - Michel Hazanavicius
"Missão Madrinha de Casamento" - Kristen Wiig, Annie Mumolo
"Margin Call - O Dia Antes do Fim" - J.C. Chandor (já lançado em DVD)
"Meia-Noite em Paris" - Woody Allen
"A Separação" - Ashgar Farhadi

Roteiro adaptado
"Os Descendentes" - Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash
"A Invenção de Hugo Cabret" - John Logan
"Tudo pelo Poder" - George Clooney, Grant Heslov, Beau Willimon (em cartaz)
"O Homem que Mudou o Jogo" - Steven Zaillian, Aaron Sorkin, Stan Chervin
"O Espião que Sabia Demais" - Bridget O'Connor, Peter Straughan

Animação
"Um Gato em Paris"
"Chico & Rita" (sem data de estreia)
"Kung Fu Panda 2" (já lançado em DVD e Blu-ray)
"Gato de Botas" (em cartaz)
"Rango" (já lançado em DVD e Blu-ray)

Canção Original
"Man or Muppet" - "The Muppets" - Música e Letra de Bret McKenzie (em cartaz)
"Real in Rio" - "Rio" - Música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown e letra de Siedah Garrett (já lançado em DVD e Blu-ray)

Trilha sonora
"As Aventuras de Tintim" - John Williams (em cartaz)
"O Artista" - Ludovic Bource
"A Invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore
"O Espião que Sabia Demais" - Alberto Iglesias
"Cavalo de Guerra" - John Williams

Filme estrangeiro
Bélgica - "Bullhead" - Michael R. Roskam (sem data de estreia)
Canadá - "Monsieur Lazhar" - Philippe Falardeau (sem data de estreia)
Irã - "A Separação" - Asghar Farhadi (em cartaz)
Israel - "Footnote" - Joseph Cedar (sem data de estreia)
Polônia - "In Darkness" - Agnieszka Holland (sem data de estreia)

Efeitos visuais
"Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 " (já lançado em DVD e Blu-ray)
"A Invenção de Hugo Cabret"
"Gigantes de Aço"
"Planeta dos Macacos: A Origem" (já lançado em DVD e Blu-ray)
"Transformers: O Lado Oculto da Lua" (já lançado em DVD e Blu-ray)

Edição de som
"Drive" (estreia em 24 de fevereiro)
"Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"Transformers: O Lado Oculto da Lua"
"Cavalo de Guerra"

Mixagem de som
"Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"O Homem Que Mudou o Jogo"
"Transformers: O Lado Oculto da Lua"
"Cavalo de Guerra"

Direção de arte
"O Artista" - Laurence Bennett, Robert Gould
"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" - Stuart Craig, Stephenie McMillan
"A Invenção de Hugo Cabret" - Dante Ferretti, Francesca Lo Schiavo
"Meia-Noite em Paris" - Anne Seibel, Hélène Dubreuil
"Cavalo de Guerra" - Rick Carter, Lee Sandales

Fotografia
"O Artista"
"Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"A Árvore da Vida"
"Cavalo de Guerra"

Figurino
"Anônimo" - (estreia em 17 de fevereiro)
"O Artista"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"Jane Eyre" (sem data de estreia)
"W.E." (estreia em 30 de março)

Curta metragem de animação
"Dimanche/Sunday" - Patrick Doyon
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" - William Joyce and Brandon Oldenburg
"La Luna" - Enrico Casarosa
"A Morning Stroll" - Grant Orchard and Sue Goffe
"Wild Life" - Amanda Forbis and Wendy Tilby

Curta metragem
"Pentecost" - Peter McDonald and Eimear O'Kane
"Raju" - Max Zähle and Stefan Gieren
"The Shore" - Terry George and Oorlagh George
"Time Freak" - Andrew Bowler and Gigi Causey
"Tuba Atlantic" - Hallvar Witz

Maquiagem
"Albert Nobbs"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2"
"A Dama de Ferro"

Edição
"O Artista"
"Os Descendentes"
"Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"O Homem Que Mudou o Jogo"

Documentário longa metragem
"Hell and Back Again" (sem data de estreia)
"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front"
"Paradise Lost 3: Purgatory"
"Pina" (estreia em 16 de março)
"Undefeated" (sem data de estreia)

Documentário curta metragem
"The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement"
"God Is the Bigger Elvis"
"Incident in New Baghdad"
"Saving Face"
"The Tsunami and the Cherry Blossom"

Curiosidade
O Brasil concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em quatro ocasiões: por "O Pagador de Promessas" (1963), "O Quatrilho" (1996), "O Que É isso, Companheiro?" (1998) e "Central do Brasil" (1999). O longa "Cidade de Deus" (2004), de Fernando Meirelles, não chegou à indicação ao prêmio.

Vários sites prometem transmitir a cerimônia, o “Ospaparazzi” é um deles.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

"Cabaret": Sensualidade, fetichismo, crítica ao nazismo...


Não via Cláudia Raia no palco desde “Sweet Charity” (2006). Em seus musicais, ela sempre desempenhou bem, em certos aspectos, mas nada muito especial. O mesmo não dá para falar de “Cabaret”, seu mais recente espetáculo.

Em “Cabaret”, a atriz empenha-se fortemente e vence o que parece ser um grande desafio. Isso se pensarmos que ela, de certa forma, substitui Liza Minnelli, que é associada enfaticamente à montagem, no cinema (1972). Porém, seis anos antes, a obra já havia alcançado consagração na Broadway.

Na versão brasileira, Cláudia, definitivamente, não é Liza. As duas escolheram viver a mesma personagem, no entanto, a Sally do cinema é sonhadora, frágil e espera pelo grande amor. No teatro, em São Paulo, ela é pragmática. Dona de um humor cáustico, não vê no amor a melhor forma de ser feliz.

Além disso, a Sally brasileira é alcoólatra, fumante, depressiva e viciada na vida desregrada que leva no Cabaret. Mas, nenhum dos aspectos é tratado com profundidade. As duas horas e 15 minutos de espetáculo (outros 15 correspondem ao intervalo) quer apenas divertir o público.


Esses ingredientes deixaram Cláudia livre para criar a sua própria Sally, um dos acertos da montagem brasileira, além da versão musical, cenários bem realizados, bons recursos de projeção e maquinário.

O ator Jarbas Homem de Mello destaca-se como MC, o mestre de cerimônias do Cabaret. É um prazer vê-lo no palco. Um esforço artístico reconhecido pelo público, que o aplaude com entusiasmo. E, assim como ela, Jarbas achou a medida certa do personagem sem ficar preso à atuação de Joel Grey, premiado com o Oscar de ator coadjuvante, em 1972.

Já Guilherme Magon, que substituiu Reynaldo Gianecchini, no papel do escritor americano, com quem Sally se envolve amorosamente, tem uma participação tímida, como ator.

A história, dividida em dois atos, se passa, principalmente, em dois ambientes. O principal é o Kit Kat Club, uma decadente casa noturna de Berlim, do ano de 1931. Seu vetor é o relacionamento da inglesa Sally Bowles (Cláudia Raia), com um pobre escritor norte-americano Cliff Bradshaw (Guilherme Magon).

Cláudia e Guilherme fazem, pelo menos, uma cena de sexo em suas interpretações. No quarto alugado da pensão da alemã intolerante Fräulein Schneider, ele desfila seu corpo quase nu e ela, muitas vezes, usando apenas lingerie.

Logo ao lado, no Cabaret, o contraste se dá com muito brilho e diversos figurinos e perucas, usadas por ela e pelos bailarinos e bailarinas da casa. Além disso, Jarbas exibe um ‘desenho’ criativo e ousado, em suas aparições frenéticas e hilárias.

Para abordar a ascensão e o preconceito, com uma leve crítica ao partido nazista de Hitler, Fräulein Schneider (vivida por Liane Maya) e o judeu Herr Schultz (Marcos Tumura, de “Les Miserables”, e “Miss Saigon”) vivem um relacionamento amoroso, absolutamente indigesto para aquele momento político.

Cenários e figurinos remontam a época e trazem sensualidade, cor e brilho. O palco foi estendido nas laterais para acomodar parte do público em onze mesas e quadro cadeiras para cada uma delas. A intenção é construir o clima de cabaré. As mesinhas contam com luminárias e telefones de época. O setor é um dos mais caros.

Em todo o palco, o fundo é preenchido com cortinas de pedras transparentes. Quase escondida, despertando a curiosidade da plateia, há uma banda composta por 14 músicos, regida pela maestrina Beatriz de Luca. Todos vestidos à la Kit Kat Club.



A versão original do musical, de 1966, foi escrita pelo dramaturgo Joe Masteroff, baseado na peça “Eu Sou uma Câmera”, de John Van Druten; inspirada, por sua vez, no livro Adeus, Berlim, de Christopher Isherwood.

O espetáculo está concorrido. Comprei ingressos em novembro para assistir somente ontem, dia 19 de janeiro. Quem gosta de eletricidade, ousadia e bom humor, não pode perdê-lo. Outro motivo é ver a protagonista longe dos holofotes globais, dançando e cantando, a todo vapor, mesmo não sendo dona de uma grande extensão vocal. O espetáculo é diversão garantida!


Curiosidades
Segundo a produção, foram investidos R$ 1,8 milhão, envolvendo 80 profissionais (21 atores e catorze músicos), 150 figurinos (dez para Claudia), 40 perucas, em um cenário de sete toneladas.

Os figurinos de Jarbas Homem de Mello têm inspiração fetichista, inspirados em desenhos eróticos alemães do final do século 19.

Ex-fumante, Claudia utiliza cigarros confeccionados com folhas de alface. Ela fuma dois em cena a cada sessão.

A peça deve ficar em cartaz em São Paulo até junho de 2012. Em julho do ano que vem, deverá viajar para o Rio de Janeiro.

Serviço
Local: Teatro Procópio Ferreira
Rua Augusta, 2823 - Jardim América - São Paulo
Telefone 11 - 3083-4475
Horários: Quinta, 21h; sexta, 21h30; sábado 18h e 21h30; domingo, 18h.
Ingressos de R$ 40,00 a R$ 200,00
Censura: 14 anos
Duração: 2h30

Ficha técnica
Texto: Joe Masteroff
Músicas: John Kander
Letras: Fred Ebb
Versão Brasileira: Miguel Falabella
Direção de Coreografia: Alonso Barros
Direção Musical e Vocal: Marconi Araújo
Direção Geral: José Possi Neto
Produção Geral: Sandro Chaim
Elenco: Claudia Raia como Sally Bowles e Jarbas Homem de Melo como MC.
Guilherme Magon, Julio Mancini, Katia Barros, Marcos Tumura e Liane Maya,
Alberto Goya, Alessandra Dimitriou, Carol Costa, Daniel Monteiro, Fabiane
Bang, Hellen de Castro, Keka Santos, Leo Wagner, Luana Zenun, Luciana
Milano, Marcelo Vasquez, Mateus Ribeiro, Rodrigo Negrini e Tomas Quaresma.
Cenário: Chris Aizner e Nilton Aizner
Cenógrafos Associados: Renato Theoblado e Roberto Rolnik
Figurino: Fábio Namatame
Iluminação: Paulo César Medeiros
Design de Som: Tocko Michelazzo
Visagismo: Henrique Mello e Robin Garcia
Programação Visual: Fuego

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A Pele que Habito: Corajoso, intrigante, bem alinhavado, inquietante...


Dizer que Almadóvar é genial tornou-se um lugar-comum. Há tempos não vamos assistir a um filme de Pedro Almadóvar, vamos ver um Almadóvar. E mais uma vez essa afirmação é constatada em “A Pele que Habito”.

É uma criação diferente, sem cores fortes e brilhantes, sem a comédia de escracho, sem os melodramas exacerbados, sem a discussão explícita sobre sexualidade, às vezes caricatual, comuns em suas películas. No entanto, ele conseguiu imprimir sua marca com todos esses ingredientes, de forma inversa, sutil e sombria. Incrível. É um destilar de sua essência.

Impossível sair indiferente da sala escura, após ver “A Pele que Habito”. O filme é intenso, prende demais a atenção a ponto de esquecermos que estamos no cinema. É um devorar da história, que ao mesmo tempo devora cada olhar dispensado. Inquietante, perturbador!

“A Pele que Habito” não deixa seus espectadores imunes. Ele provoca, angustia, penetra e mergulha nas profundezas da mente, sem explicação. O resultado, entre outros, é uma reflexão sem fim. Pelo menos nos primeiros três dias, depois de presenciar as cenas tão bem executadas.

O que falar dos atores? Todos ótimos e bem dirigidos, com mais ou menos aparições. Adoro diretor que dirige! E Pedro Almadóvar faz jus ao título. Frouxidão não é com ele. Dos enquadramentos a narrativa, ação, desfecho... Cada tomada demonstra cuidado e precisão.


A firmeza e segurança de Antonio Banderas ao interpretar Richard Legrand são disseminadas por todo o filme. Nada de mais, nem de menos. Convicto e fiel. Nenhuma redundante ideologia explícita, reproduzida do mundo contemporâneo, muito menos disfarçada. Que alívio!

Conhecido por explorar comumente o universo feminino no cinema, neste filme ele aprofunda-se muito assertivamente na atmosfera particular masculina. Um jogo cênico de psiques envolvendo a sexualidade, desejo, identidade, poder, paradoxos e a loucura, propriamente dita. Tudo na medida certa!

A atriz espanhola Elena Anaya diz tudo com os olhos, literalmente as janelas de sua alma, emanando a mescla sofrimento e ódio. Já vimos esse olhar lacrimejante extraído por ele, que vasculha o artista até o ponto final. Em quem? Na sempre Victoria Abril. Não?
Marisa Paredes, claro, está perfeita como Marília, a fiel empregada de Legrand, que esconde um grande segredo, entre outros mistérios pulverizados na trama.


“La Piel que Habito”, título original, é inspirado no romance de terror “Mygale”, do francês Thierry Jonquet, publicado em 1995, em seu país, e traduzido em 2003, como “Tarantula”, nos Estados Unidos e Reino Unido.

O filme conta a história de Richard Legrand, um bem-sucedido cirurgião plástico, que vive em uma mansão afastada do centro da cidade. Sua esposa é vítima de queimaduras graves, após sofrer um acidente de carro. Ele, então, dedica suas experiências a procura de uma pele resistente ao fogo, “perfeita”.

São muitas as reviravoltas, porém é um trágico acontecimento com a filha do médico que leva a narrativa para rumos surpreendentes e saborosamente indigestos.

Ficha Técnica

A Pele que Habito (La Piel que Habito), drama, 117 min, 2011
Direção: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar, baseado em livro de Thierry Jonquet
Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet
Produção: Pedro Almodóvar e Agustín Almodóvar
Música: Alberto Iglesias
Fotografia: José Luis Alcaine
Direção de arte: Carlos Bodelón
Figurino: Paco Delgado
Edição: José Salcedo
Site oficial: http://www.sonyclassics.com/theskinilivein
Estúdio: El Deseo S.A.
Distribuidora: Sony Pictures Classics (EUA)/ Paris Filmes (Brasil)
Trailer do filme: http://www.snpcultura.org/pele_onde_eu_vivo.html

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Último Dançarino de Mao ainda no cinema

 
Depois de receber o prêmio de melhor filme, pelo público, na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, "O Último Dançarino de Mao" ainda pode ser visto na capital.

O longa-metragem é dirigido pelo australiano Bruce Beresford, cujo trabaho mais conhecido é “Conduzindo Miss Daisy”, vencedor de quatro Oscars em 1990, incluindo o de melhor filme.

Entrando na quinta semana em cartaz, o filme ainda pode ser visto no cinema. O roteiro é baseado na autobiografia do bailarino chinês Li Cunxin, com o título “Adeus China – O último bailarino de Mao”. Se você está em São Paulo nesse mês de férias, eis a sugestão!

O ator e bailarino Chi Cao interpreta Li Cunxin com primor na sua fase adulta. O próprio Li aprovou seu intérprete na tela. Cao, aliás, é filho de dois professores do personagem real na Academia de Balé de Pequim.

Criança, Li (nessa fase interpretado por Wen Bin Huang) vive com simplicidade ao lado dos pais camponeses e mais irmãos. Um dia sua aldeia é visitada por representantes do governo de Mao Tse Tung, recrutando candidatos para treinamentos artístico e atlético.


O menino é escolhido para estudar dança em Pequim, juntamente com outras crianças de sua e outras regiões. Ainda que emocionalmente divididos, os pais viam aí uma oportunidade de um futuro melhor para o filho.

Em Pequim, Li passa por treinamentos intensivos, dolorosos e, às vezes com palavras humilhantes vindas dos técnicos. A ideologia política é assimilada pelo garoto, já que por toda a parte há o enaltecimento dos valores da revolução comunista.

Uma visita do presidente Richard Nixon à China, em 1972, dá início a um processo de aproximação com os EUA. A partir daí, começa a ocorrer um intercâmbio maior entre os dois países.

Com isso, o diretor do balé de Houston, Ben Stevenson (Bruce Greenwood), impressiona-se com o talento do bailarino chinês e o convida para uma temporada no Texas.

Lá, ele descobre uma realidade inteiramente diferente da de seu país. Momento em que a ideologia americana aparece como sendo melhor do que a chinesa da época, por pregar o velho clichê de um país, onde as pessoas são livres. Nesse aspecto há caricaturas e enaltecimento desnecessário do sonho americano, como a vida ideal, o melhor dos mundos para o ser humano.


Somando a idealização de vida e lugar perfeitos a sua paixão pela bailarina Elizabeth (Amanda Schull), Li decide ficar nos EUA. Essa decisão provoca um desconforto diplomático, acarretando uma sequência de acontecimentos dramáticos, embora pouco profundos.

As cenas de dança são nitidamente bem elaboradas. A excelente reconstituição de época (China), denota a bela direção de arte. A atuação de Bruce Greenwood (“Star Trek”) também merece destaque.

A emoção fica por conta da história de superação pessoal de Li, um garoto chinês mirradinho que, na vida real, tornou-se referência mundial, como bailarino, constituindo carreira nos EUA, e que, atualmente, vive na Austrália.

FICHA TÉCNICA

"Mao’s Last dancer" (O último dançarino de Mao), drama, 117 min., 2009, Austrália, cor, 14 anos.
Diretor: Bruce Beresford
Elenco: Bruce Greenwood, Kyle MacLachlan, Joan Chen, Chi Cao, Amanda Schull, Penne Hackforth-Jones, Christopher Kirby
Produção: Jane Scott Roteiro: Jan Sardi
Fotografia: Peter James Trilha
Sonora: Christopher Gordon
Distribuidora: Califórnia Filmes

TRAILER DO FILME

SOBRE O DIRETOR