sexta-feira, 11 de maio de 2012

Passando "Sete dias com Marilyn" Monroe



Ela morreu há 50 anos. Se estivesse viva estaria com 86. Até hoje, a atriz Marilyn Monroe permeia o imaginário de gerações que vivenciaram, ou não, seus anos dourados no cinema e na vida real.

Por isso, continua sendo lembrada em looks de cantoras como Madonna e Lady Gaga, exposições e filmes, entre outros. A mais recente reminiscência está registrada na película “Sete dias com Marilyn”, em cartaz desde 27 de abril último.

Trata-se da admiração e total encantamento do escritor britânico Colin Clark por Marilyn, na época em que foi o terceiro assistente de direção do 29º filme da atriz “The Prince and the Showgirl” (“O Príncipe Encantado”). Segundo ele, os fatos aconteceram em 1956, quando ela tinha 30 anos e ele 23.


Por uma semana, a estrela buscou conforto nos braços do empregado mais jovem do set, quando experimentava uma de suas crises de insegurança e instabilidade emocional. “Sete dias com Marilyn” relata como Colin passou a partilhar os segredos de Marilyn Monroe e até a cama dela.

Mas, quem espera um romance quente e movido a escândalos, engana-se! Na verdade, o filme é suave e despretensioso. Colin (Eddie Redmayne) demonstra protagonizar um sonho, sem acreditar em todos os eventos. Vive em estado de êxtase e sua relação com Marilyn pode ser traduzida como uma forte amizade, sem deixar de lado o seu estado de louvação e paixão pelo mito.

Na história, esse jovem, de família tradicional inglesa, sai de Oxford em busca de sucesso na indústria do cinema e acaba trabalhando com Sir Laurece Olivier (Kenneth Branagh), diretor e ator de “The Prince and the Showgirl”.


Durante as filmagens, sua proximidade com Marylin intensifica e ela começa a buscar no assistente uma companhia agradável. Para ela, o rapaz é um amigo que oferece horas descontraídas e livres de compromissos e pressões de seus empresários, fãs, estúdio, mídia, agentes e do recém-marido, o dramaturgo Arthur Miller (Dougray Scott).

Quanto às dúvidas levantadas por críticos e curiosos sobre as razões que a levaram a escolher Colin (consciente de que iria abandoná-lo depois) para ser o seu apoio, ao invés de Sybil Thorndike, quem melhor a tratou e quem mais perto dela estava para compreendê-la, fica por conta da plateia, já que o filme não as explica claramente.

O filme “Sete dias com Marilyn”, dirigido por Simon Curtis, foi lançado em 2011 e tem no papel principal Michelle Williams, pelo qual concorreu ao Oscar 2012 de melhor atriz. Ela chegou a engordar sete quilos e a amarrar cintos nos joelhos para imitar a maneira de andar de Marilyn.


Sua preparação começou 10 meses antes das filmagens. Ela conta, em entrevistas, que assistiu diversas vezes aos filmes da estrela, conversou com a fotógrafa Eve Arnold, falecida em janeiro deste ano, famosa pelas belas imagens clicadas de Marilyn, entre outros processos de criação da personagem. Resultado: não brilhante, mas uma boa atuação.

Literatura
Colin Clark registrou essa semana em um diário, que teve trechos lançados em dois livros, em 1995 e 2000. O primeiro título é “The Prince, the Showgirl and Me”, em que relata acontecimentos ocorridos durante a rodagem daquele filme. Só depois, ele revela essa semana no livro “My Week With Marilyn”, no qual esse filme é baseado. Se ainda não viu, vale a pena ir ao cinema! Há sessões do filme em 3D.

Serviço:
“Sete dias com Marilyn” (“My week with Marylin”), 99 min., 2011, Inglês, drama, 12 anos.
Direção: Simon Curtis
Elenco: Michelle Williams, Eddie Redmayne e Kenneth Branagh

Trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=gSmz-r9MFm8