sexta-feira, 27 de maio de 2011

"Terra Provisória" leva Rilke ao Sesc Consolação

Você tem apenas quatro dias para entrar em contato com parte da riquíssima obra do poeta Rainer Maria Rilke. Nascido em Praga, em 4 de dezembro de 1875, ele é considerado um dos mais importantes poetas modernos da literatura em língua alemã. Sua obra é considerada inovadora, com incomparável estilo lírico.

Portanto, aproveite e organize a sua agenda entre os dias 30 e 31 de maio e 06 e 07 de junho, já que após essas apresentações os atores Mariana Rattes e Victor Placa encerrarão o espetáculo “Terra Provisória”, apresentado no Sesc Consolação.

A peça faz parte do projeto Primeiro Sinal, do Sesc (Serviço Social do Comércio), que abre espaço para primeiras produções de artistas em suas diversas formas de manifestações.

“Terra Provisória” apresenta um rico texto, tendo como origem uma minuciosa seleção do universo poético de Rilke. A montagem, criada pelo Grupo Cirandas, está bem representada pelos jovens atores Mariana e Victor, que exibem voz, expressão corporal e intimidade com o palco à altura da obra.

É o primeiro trabalho do grupo, que teve como base as obras: “Cartas a um jovem poeta”, “Elegias de Duíno”, “Cartas do poeta sobre a vida”, “Cadernos de Malte Laurids Brigge” e sua biografia.

“A partir desses estudos, nos apropriamos daquilo que poderia ser extrato para essa criação. Pegamos o discurso de Rilke sobre a vida e elucidações sobre convenções sociais estabelecidas”, conta os atores.

Eles contam que o processo de construção do espetáculo exigiu um mergulho no universo de Rilke, não somente com as leituras como também por meio de workshops, partituras e instalações, considerando, inclusive suas histórias de vidas.

“Esses materiais foram organizados em compêndios e a partir deles criamos roteiros de improvisação e a dramaturgia, que é escrita por nós mesmos, após as improvisações cênicas”.

O cenário é composto por um chão cercado de farinha, apenas. Nele os atores dançam, desenham e se locomovem de maneira criativa e espontânea. Ora crianças ora adultos, eles vão conquistando a plateia com graça e interação.

A cada gesto e fala, constrói-se um mundo lúdico que, ao mesmo tempo, possui forte identificação com sentimentos e situações reais, experenciadas pela humanidade.

Outro aspecto é a sutileza com que os personagens apresentam a maneira diferenciada do poeta enxergar a natureza humana e a efemeridade de sua existência, lançando-nos a um vazio fértil e reflexivo.

Fragmentada, a história aborda a infância, a solidão, o amor e a morte. Apresentada no formato teatro dançado é notável a sincronicidade entre gestos, movimentos e palavras.

Você pode assistir à peça no Espaço Beta, do Sesc Consolação. No formato arena, ele está localizado no terceiro andar, porém, antes, vá ao primeiro piso e compre seus ingressos. Abaixo o link para o Portal, bom espetáculo!

http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=193643

Serviço
“Terra Provisória”, 50 min., 14 anos
Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245 – Consolação – 11-3234-3000, metrô Santa Cecília
Espaço Beta – 3º andar.
Dia(s) 16/05, 17/05, 23/05, 24/05, 30/05, 31/05, 06/06 e 07/06
Segundas e terças, às 21 horas



R$ 10 (inteira) - R$ 5 (usuário matriculado no Sesc e dependentes, + 60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante). R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes)

Ficha técnica
Direção e concepção corporal - Fabiano Benigno
Atores-criadores - Mariana Rattes e Victor Placca
Músico e compositor - Helder da Rocha
Dramaturgia - Grupo Cirandas, inspirado em Rainer Maria Rilke
Aula de música e acess. de dramaturgia - Camilo Schaden
Figurinos - Aurea Teixeira
Iluminação - Denilson Marques e Fabiano Benigno
Projeto gráfico - Ângela Ribeiro
Audiovisual - Luís Altiere
Fotografia - Adriane Lopes

quarta-feira, 25 de maio de 2011

“Tango, Bolero e Cha Cha Cha” até julho no Frei Caneca

É único ver o ator Edwin Luisi, aos 64 anos, com tanta energia e fulgor interpretando uma “mulher”, na montagem “Tango, Bolero e Cha Cha Cha”.


Na narrativa, ele vive a transexual Lana Lee, uma artista charmosa, bonita e muito bem-humorada. O ator, continuamente em cena, comprova talento e excelente preparo físico, que permitem tão bem viver a personagem.

Cheio de trejeitos engraçados e domínio de expressões caricatas que compõem a personagem, ele arranca muitos risos da plateia.

A primeira produção desse espetáculo foi há 10 anos e rendeu a Luisi os prêmios Shell, APCA, Mambembe, Quality Brasil e Governador do Estado RJ.

O motivo para voltar ao tablado com “Tango, Bolero e Cha Cha Cha”, depois de uma década, é a comemoração dos 40 anos de sua carreira artística.

São quase duas horas correndo e pulando sobre salto quinze, usando peruca e vestido, sem perder a feminilidade e equilíbrio, um só momento.

Com direção de Bibi Ferreira, a peça estreou no último dia 1º de abril e está em cartaz no Teatro Shopping Frei Caneca até 17 de julho. Antes, passou pela capital carioca, onde permaneceu por um ano.

Lana Lee, um dia, chamou-se Daniel. Casado com Clarice (xxCris Nicolotti) e pai de Dênis (Johnny Massaro), ele resolveu sair do Brasil e viver na França, como a melhor possibilidade para assumir a sua transexualidade.

Dez anos depois de abandonar repentinamente a família, ele retorna ao lar para explicar o seu desaparecimento e apresentar o marido, Peter (Carlos Bonow), com quem vive na Europa.
Em uma sequência de mal entendidos, que constroem uma teia de divertidas situações, muito bem respaldadas pela engraçadíssima empregada Genevra (Carolina Loback), o filho e sua ex-mulher vão retirando o véu e conhecendo a nova identidade de Daniel.


“É uma comédia elegante, como eu gosto de fazer, com humor tipicamente brasileiro”, diz Edwin, que usa quatro meias nas pernas para ficarem torneadas. “E para formar uma cintura, eu uso um espartilho.

O aquariano, nascido na capital paulista, revela que já está se preparando para a aposentadoria. Mas, enquanto isso não acontece, ele também pode ser visto na novela “Rebelde”, da Rede Record.


Serviço:
Tango, Bolero e Cha Cha Cha, 95 minutos, 14 anos.
Teatro Shopping Frei Caneca (600 lugares)
Rua Frei Caneca, 569 – 6º andar – Consolação
Informações: (11) 3472-2229/ 2230
Bilheteria: Terça a domingo, das 13h às 19h. Em dias de espetáculo, até o início da apresentação.
Aceita os cartões de crédito Visa, Mastercard, Dinners e Amex. Débito: Redeshop e Visa Electron
Vendas pelo http://www.ingressorapido.com.br/ e telefone: 4003-1212
www.tangoboleroechachacha.com.br Twitter: @TangoBoleroCha
Sexta, às 21h30, sábado, às 21h, e domingo, às 18h.
Ingressos: Sexta e Domingo – R$ 70 / Sábado – R$ 80
De 1º de abril a 17 de julho de 2011.

Ficha Técnica

Texto: Eloy Araújo
Direção: Bibi Ferreira
Elenco: Edwin Luisi, Johnny Massaro, Carolina Loback, e Carlos Bonow.
Trilha Sonora: Andrea Zeni
Iluminação: Paulo Cézar Medeiros
Cenário: Frederico Reder
Figurino: Marcelo Marques

"Água para Elefantes" continua em cartaz

“Water for elephants”, na versão em português “Água para elefantes”, publicado em 2006, nos Estados Unidos, é o terceiro livro da escritora canadense Sara Gruen.

Traduzido para 44 línguas, desde então, a obra tornou-se um best seller, com mais de 4 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Fenômeno do boca a boca, o sucesso impresso passou a ocupar a mira dos produtores cinematográficos Gil Netter, Erwin Stoff e Andrew Tennenbaum e, em 2010, a obra foi roteirizada e filmada.

No Brasil, a produção estreou dia 29 de abril, sete dias depois da primeira exibição estadunidense. O filme é leve, não exige grandes reflexões, porém aborda um tema que sempre atrai olhares atentos e nunca deverá sair de moda: o amor. Amor pelos animais, amor entre amigos e, claro, o amor romântico.

O figurino, criado por Jacqueline West, merece destaque. As roupas de Marlena (Reese Witherspoon, vencedora, em 2006, do Oscar de Melhor Atriz, no filme “Johnny & June”) foram inspiradas em divas dos anos 30, como Jean Harlow, Constance Bennett e Greta Garbo.

A figurinista recebeu duas indicações à estatueta. Em 2009, pelo seu trabalho no “O Curioso Caso de Benjamin Button” e pelo “Os Contos Proibidos do Marquês de Sade” (2010).

Com apenas alguns momentos tensos, como na cena em que Rosie, uma elefanta, aparentemente indomável, apanha do treinador e dono do circo, August, muito bem interpretado pelo ator Cristoph Waltz (“Bastardos Inglórios”), “Água para elefantes” é leve e cativante.

Tudo começa quando Jacob Jan­kowski (o galã teen Robert Pattinson, da série Crepúsculo), aos 23 anos, estudante de veterinária, recebe a notícia sobre a morte de seus pais, devido a um acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem casa, ele deixa a faculdade, antes de prestar os exames finais, e vira, por poucos minutos, um andarilho.

Logo, ao ver um trem em movimento, o jovem pula para dentro de um vagão e, ao amanhecer, descobre que entrou no veículo férreo do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.

Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofre nas mãos de August, que hora é um homem gentil e encantador, ora é um empresário circense descompensado, tirano e, muitas vezes, odiado.

E é sob as lonas dos Irmãos Benzini, que o sensível aspirante a veterinário apaixona-se pela charmosa e também amante dos animais, Marlena. Ele, ainda, sente um amor profundo por Rosie, a elefanta, que se torna a salvação do picadeiro em decadência. O animal, ao contrário do título, adora uísque. Com a tromba, leva baldes e baldes da bebida a sua boca.

Com um roteiro envolvente, apesar de previsível, o suave drama “Água para elefantes” mescla tensão e diversão. A fotografia desperta interesse, principalmente, nas tomadas panorâmicas do trem em movimento.

A película traz à tona discussões sobre os maus tratos de animais e sentimentos que envolvem confiança, compaixão e amizade. Confira e depois comente aqui no blog. Que tal?

Onde está em cartaz?
Cinemark Central Plaza Shopping ; Cinemark Cidade Jardim ; Cinemark Pátio Paulista; Cinemark Shopping Iguatemi ; Playarte Bristol - Shopping Center 3



Ficha Técnica
“Água para Elefantes”, EUA, 2011, 121 min., drama, Colorido, 14 anos
Diretor: Francis Lawrence
Elenco: Robert Pattinson, Reese Witherspoon, Christoph Waltz, Mark Povinelli, Stephen Taylor, E.E. Bell
Roteiro: Richard LaGravenese , baseado na obra de Sara Gruen
Fotografia: Rodrigo Prieto
Trilha Sonora: James Newton Howard
Distribuidora: Fox Film Estúdio: Fox 2000 Pictures / Flashpoint Entertainment

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Édipo está em cartaz no Teatro Eva Herz

“Édipo” é a mais nova montagem teatral do ator e diretor Elias Andreato. Ambientada de forma simples, em um cenário formado por cadeiras, dispostas em um semicírculo, a peça, bem engendrada, valoriza a história contada por Sófocles e representada, pela primeira vez, cerca de 425 a.C.

Uma excelente oportunidade para entrar em contato, em apenas 70 minutos, com a arrebatadora história grega, referência, até hoje, não somente no mundo artístico como também no universo da psicanálise.

De forma concisa e bem estruturada oralmente, a plateia é transportada para Tebas, sem recurso visual (cenário e figurino) que remeta à época. Basta soltar a imaginação e deixar-se ser conduzido pelas fortes interpretações dos oito atores, que se incumbem dessa saborosa missão.

Eucir de Souza interpreta com propriedade e na medida certa o herói Édipo, ora com ímpeto de bom moço, ora com a força de um guerreiro. Ele transmite a essência do personagem, que dialoga paradoxalmente sobre a cegueira do homem, que não sabe quem é, e a sua grandeza, aspectos positivos da personalidade humana. É uma tradução simbólica da persistente crise identitária, que acompanha o ser humano desde a sua existência.

Outra atuação que merece destaque é a de Tânia Bondezan, viúva de Laio, mãe e esposa de Édipo. A atriz emociona ao vestir, com firmeza nos gestos e na voz, a pele de Jocasta. Ela transmite a dor da mãe e o desespero da esposa, que por força do destino mandou matar seu filho, mas se casou com o próprio.

Édipo, rei de Tebas, é o herói trágico. Apesar de não agir de forma rude e nem maléfica, puni-se de maneira dolorosa física e emocionalmente. Vítima da sorte, abdica o trono para o bem de seu país, além de deixar os filhos nas mãos de seu cunhado Creonte (Romis Ferreira).

Com adaptação e direção de Elias Andreato, que interpreta o vidente cego Tirésias, a história é revelada à plateia com roupagem enxuta, sem perder a originalidade.
Principal vetor desta versão, o texto é a grande estrela do espetáculo. Mas, sem dúvida, o elenco abarca bem a responsabilidade. Édipo pega nas mãos a rédea do enredo. Com grande força dramática, Eucir, praticamente, contracena com a luz de Wagner Freire, muito bem desenhada.

Os acordeons manuseados pelos atores Nilton Bicudo, Daniel Maia e Clóvys Torres apresentam a trilha sonora, que reverbera os acontecimentos no palco. E, mesmo quando sentados em suas cadeiras, os oito atores imprimem suas marcas de forma dinâmica.

O protagonista traz à tona temas como ética, moral e bom senso, já que ele assume a responsabilidade por todos os seus atos e vai até as últimas consequências para repará-los, mesmo sendo de certa forma inocente.

A trama tem como argumento o “Oráculo de Delfos” (espécie de adivinho da antiguidade), responsável pela previsão de que o filho de Laio e Jocasta mataria o pai e se casaria com a mãe.

Para evitar esse catastrófico destino, Jocasta entrega a criança para um servo de Laio (Daniel Maia), ordenando a sua morte. No entanto, sem coragem para matar o bebê, ele dá o recém-nascido a um pastor (Clóvys Torres), que por sua vez o entrega para a adoção pelo rei de Corinto.

Já adulto, Édipo (aquela criança) fica sabendo de tal maldição e, para não matar os seus pais, foge para Tebas. O resto da narrativa você pode saber no teatro Eva Herz, todas as terças, às 21 horas. Bom espetáculo!

Serviço


Édipo, 70 minutos, 14 anos
Teatro Eva Herz (166 lugares),
Avenida Paulista, 2073 – Livraria Cultura - Conjunto Nacional
Terças, 21h; de 03 de maio a 21 de junho
R$ 40 (meia entrada, R$ 20)
Informações: (11) 3170-4059 - www.teatroevaherz.com.br
Bilheteria: Terça a sábado, das 14h às 21h. Domingo, das 12h às 19h. Feriado, sujeito à alteração. Aceita todos os cartões de crédito. Não aceita cheque.
Vendas pelo www.ingresso.com e telefone: 4003-2330

Ficha Técnica
Autor: Sófocles
Adaptação e Direção: Elias Andreato
Assistente de Direção: André Acioli
Elenco: Eucir ee Souza – Édipo, Tânia Bondezan – Jocasta; Romis Ferreira – Creonte; Nilton Bicudo – Corifeu – Narrador e Músico; Daniel Maia – Estrangeiro; Clóvys Torres – Pastor; Elias Andreato - Tirésias
Música Composta: Daniel Maia
Desenho de Luz: Wagner Freire
Programação Visual: Elifas Andreato
Fotos: Águeda Amaral
Direção de Produção: Marlene Salgado

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ENTRE NO MUNDO MÁGICO DE ESCHER

Você já ouviu falar em Maurits Cornelis Escher, ou simplesmente Escher? Ele nasceu em 1898, em Leeuwaden, na Holanda, e morreu no mesmo país, em 1972. É considerado um dos mais importantes artistas gráficos que já existiu.

Ele ficou famoso mundialmente por criar xilogravuras, litografias e meios-tons, que representam construções impossíveis. Uma de suas principais contribuições está na sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de óptica.

O artista foi um gênio da imaginação lúdica e um artesão habilidoso nas artes gráficas, porém a chave para muitos dos seus efeitos surpreendentes é a matemática, utilizada de uma forma intuitiva.

Se tudo isso para você parece distante, chegou a hora de conhecer o universo bidimensional de Escher, que encantou e continua encantando pessoas por onde passa. A exposição “O Mundo Mágico de Escher” está em São Paulo. Precisamente no CCBB-SP (Centro Cultural do Banco do Brasil), desde o dia 19 de abril. E o melhor, o acesso é gratuito.

Mais do que uma exposição, o conjunto de obras e atrações pode ser considerado um evento. Os três andares do prédio, além do térreo e do subsolo, contam com exibições na sala de cinema, quadros, instalações e salas interativas. Imperdível!

Escadas e degraus que sobem e descem, no sentido tradicional ou contrário a ele. Planos que desafiam o nosso olhar há décadas e muitos jogos de espelhos compreendem sua arte lúdica.

“O Mundo Mágico de Escher”, que comemora os 10 anos de atuação do CCBB-SP, é a segunda maior mostra do artista holandês já realizada no País. Conforme a assessoria de imprensa do local, são 94 obras, entre gravuras originais e desenhos, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos e suas criações mais enigmáticas.

A exposição apresenta, de forma analítica, o desenvolvimento de processos criativos, que compreendem uma carreira de mais de 50 anos.

Depois de bater os recordes de visitação nos CCBBs de Brasília e Rio de Janeiro, os quais somaram mais de 800 mil pessoas, o evento já comprova o seu sucesso em São Paulo. Neste final de semana (7 e 8 de maio), as filas eram notáveis até mesmo fora do edifício. Se puder, vá entre segunda e sexta.

Projeções em 3D
O visitante experimenta a sensação de penetrar nas obras de Escher. Quem quiser pode se aventurar a compreender como o artista conseguia subverter o plano. Múltiplas sensações… Sessões de 10 minutos, a partir das 9 horas.

Interatividade
Durante a “viagem” é possível entrar em uma das obras de Escher e desvendar algumas de suas técnicas. Você verá também o quebra-cabeça gigante, o qual trabalha a cor branca e a preta, traço característico e marcante do gravurista. A Sala do Periscópio tem o poço infinito e na Sala do Impossível você vai encontrar uma das janelas que mostra tudo em ordem, enquanto na outra, os objetos estão em desordem.

SERVIÇO
Centro Cultural do Banco do Brasil – SP
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Metrô Praça da Sé ou São João
Tel.: 11-3113-3651/3652
Data: 19 de abril a 17 de julho de 2011
Horário: Terça a domingo, das 9h às 20h
Local: Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares
Classificação indicativa: Livre
Visita mediada: das 9h às 19h
Entrada Franca

Um pouco mais…
Aos 13 anos, Escher ingressou numa escola secundária em Arheim, sendo reprovado duas vezes pelos professores. Em 1919, ele foi para Haalem, com intuito de estudar na Escola de Arquitetura e Artes Decorativas, porém o seu estudo de arquitetura não durou muito tempo.

Samuel Jesserun de Mesquita, um professor que ensinava técnicas de gravura artística, verificou o talento do aluno e o convenceu a mudar para o curso de Artes Decorativas.

Escher manteve-se em contato com seu professor até princípios de 1944, quando Mesquita, juntamente com sua mulher e o filho, foi preso e assassinado pelos alemães nos campos de concentração.

Durante a sua estadia na Itália, no período de 1922 a 1935, Escher desenvolveu suas primeiras xilogravuras das paisagens pitorescas da Itália. Casou-se com a jovem Jetta Umiker, com quem teve três filhos.

Em 1937, a família mudou-se para Ukkel, na Bélgica. Quando a guerra começou, tornou-se psicologicamente difícil viver no país para alguém de origem holandesa, pois crescia um ressentimento contra os estrangeiros, acusados de desgastarem as provisões alimentícias.

Em janeiro de 1941, Escher mudou-se para Beern, na Holanda, onde teve sossego para desenvolver seus trabalhos mais ricos. Em 1962 submeteu a uma grave cirurgia, em decorrência de uma doença, daí em diante produziu poucas obras.

Em 1970, mudou-se para a Casa-de-Rosa-Spier, em Laren, uma instituição, onde os artistas idosos podiam ter os seus próprios estúdios e receberem cuidados clínicos. Ali, faleceu em 27 de março de 1972.