domingo, 7 de fevereiro de 2010

BEYONCÉ A TODA PROVA

Beyoncé, praticamente não atrasou. O show estava previsto para as 22h e a musa abriu o evento às 22h20, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, ontem, dia 6. Esta foi a segunda apresentação de sua turnê I Am... , no Brasil, que estará no próximo dia 10, na cidade de Salvador. Ainda, nos dias 7 e 8, ela levará seu doce remelexo ao Rio de Janeiro, no HSBC Arena.


Abrindo o show com Crazy In Love, a jovem diva anunciou que estava lá para cantar. Sem acompanhamento de voz e instrumental, ela canta sozinha os primeiros versos e mostra que é uma boa cantora. Logo depois, denunciou que pretendia mesmo interagir e interagiu de fato. No início, uma amigável provocação: "Quem está aqui para dançar? Quero todas as garotas sexys de São Paulo dançando". Depois disso, ela fez várias intervenções, inclusive e, a uma certa altura, declarou que o show estava sendo o melhor de sua história! Pode?
Em 2002, Cher, a primeira diva pop norte-americana mais aclamada, despediu-se do público em sua última turnê Firewell Tour, dizendo que havia preparado um show fabuloso. Uma apresentação que ficasse na mente de seus fãs e na história da pop music, afinal ela declarava a sua última aparição no palco. Para isso, além de seu talento, Cher contou com uma “mega” produção, que foi desde uma marcante descida em um lustre de cerca de cinco metros de altura à exibição de um grande elefante “dançando pelo palco”.

Pois, bem, Beyoncé provou ontem que para um show ser fabuloso, a grande produção pode ocupar o segundo plano. Isso para usar a expressão, pois na realidade, o substantivo (produção) ficou, literalmente, em último plano. Pelo menos em relação ao show que ele apresentou ontem em São Paulo.

A cantora de 28 anos apresentou-se em um palco, simples, sem relevantes objetos cênicos. Era uma escada onde subiu por três vezes, um telão ao fundo, o qual exibiu diversas imagens projetadas, a banda, seus bailarinos que se revezaram entre si e, claro, 3 ótimas e performáticas back vocals.

Isso mesmo, Beyoncé, pelo menos no Brasil, provou que ritmo, carisma, simpatia, interação com o público e, acima de tudo - uma voz potente e melódica - são suficientes para encantar e paralisar seus espectadores. Sem deixar de lado as seis trocas de roupas, que praticamente se resumiram em maiôs, minissaias, vestidos, muito brilho e bom equipamento de iluminação, além de sua própria luz.
Definitivamente, ela é quase nada fake. Tem nos bastidores a grande indústria da música internacional para promovê-la, coreografias e gestos marcados, mas deixa muito claro que sabe improvisar, demonstrando grande confiança em sua voz, criatividade, segurança ao "puxar" assunto com as pessoas e, claramente, não é insegura. Suas back vocals cantam sozinhas uma música inteira e músicos também contam com demonstrações solo.

Beyoncé transcende no palco. Domina e direciona os momentos para onde ela quer; uma domadora de si mesma. Incrível! Com uma desenvoltura de modelo na passarela, com direito a elegantes trançadas de pernas e sincronizados movimentos gestuais (rosto, cabelo, ombro e braços), ela atua como se estive em sua casa, andando de um lado para outro. Isso tudo sem estar dançando. A cantora, apenas nessas cenas, levou os 60 mil presentes ao delírio. Muito espontânea.

Ela prova também que é uma grande líder. Quase na metade do show, a Beyoncé Girl pede para as pessoas levantarem as mãos. Todos levantaram. Depois os braços. E a multidão os elevaram para as estrelas. (A noite estava linda. Não choveu!). Na seqüência ela convidou todos a repetirem a coreografia da canção Single Landies. E, claro, súditos ou não, sem questionar, imitaram hipnotizados os movimentos da rainha. Em infinitos momentos foi possível ouvir a multidão cantando também os grandes e os menores sucessos dela, que não poupou “o bate papo”.
Em um momento marcante do show, ela disse: Eu sempre pensava que tinha de vir ao Brasil. Eu tinha de vir. Eu tinha de vir. Nossa, mas eu não fazia ideia do número de fãs que eu tenho aqui. Muito obrigada! Muito obrigada! Dava para perceber o seu sentimento de gratidão.

Ela, realmente, parecia não acreditar na imensa recepção calorosa da plateia. De fato um grande presente que mais uma vez o público brasileiro, com seu afeto e entusiasmo peculiares, oferece a uma artista estrangeira. Com Madonna, há mais de um ano, no mesmo local, as reverencias não foram diferentes.
Mas Byoncé cativa ainda mais porque transmite um ar ingênuo. Ela arrisca. Além de seu improviso certeiro, conta com muita espontaneidade e é muito amável ao se dirigir às pessoas. Por vezes, permanece estática, apenas ouvindo os gritos da plateia, a qual chamava seu nome ou gritava simplesmente. Contagiante!

A cantora surpreendeu com a sua simplicidade! No meio do show, ela desceu do palco e andou alguns metros "pela" multidão (espaço cercado), demonstrando estar feliz e bem à vontade. Tocou nas mãos das pessoas, sorrindo muito e chegando bem perto, enquanto charmosamente se dirigia ao palco de número dois, montado quase no meio da pista, como já era previsto.

Ela fez esse trajeto por duas vezes. Na primeira pegou a bandeira do Brasil da mão de um fã, dançou com ela e ao fundo uma projeção da flâmula no palco principal. Na segunda, parece ter pedido aos seguranças que se mantivessem distantes dela. Dessa vez, já no bis, eles a deixaram mais livre e não ficaram na frente dos fãs, os quais tentavam desesperados tocar na diva. E muitos conseguiram. E ela gostou! Neste momento, ela deu um lenço para um rapaz, que suspirou sem acreditar no gesto.

Um dos pontos mais altos do show foi ela ter homenageado uma manifestação divina feminina ao cantar Ave Maria e, em seguida Angel, anteriormente já gravada por Sarah McLanclan. Este momento foi o mais emocionante. Com um vestido branco esvoaçante, ela desceu de uma escada. Depois, seu staff aproveitando o figurino, o incrementou com uma saia branca sustentada por uma grande armação e um véu sobre a sua cabeça. Se alguém a esta altura ainda tinha dúvida sobre a sua extenção vocal, variações rápidas entre grave e agudo e elasticidade nos tons, com certeza pôde esclarecer por si próprio.

Ao final, a musa avistou um cartaz no meio da multidão escrito “hoje é meu aniversário”. Perguntou quem faria aniversário no dia e sem titubear, a bela soltou a voz novamente e à capela cantou Happy Birthday to You para o aniversariante. Mas, capela mesmo foi, anterior a esta cena, em Listen, uma das faixas do filme Dreamgirls. Foi de arrepiar!

I am... começou em março de 2009 e já passou por cerca de 30 países. Depois do Brasil, Beyoncé seguirá para Argentina, Chile, Peru. A turnê terminará em Trinidad e Tobago. Segundo a Billboard - que elegeu como o melhor concerto de 2009 - I am... arrecadou US$ 54 milhões em seus sete primeiros meses.

No início da semana, a carismática artista recebeu seis prêmios na 52ª edição do Grammy, incluindo álbum do ano, por I Am... Sasha Fierce; música do ano e melhor gravação de R&B, com Single Ladies (Put a ring on it); melhor performance vocal feminina pop: Halo e melhor performance tradicional R&B, por At Last.


Em novembro do ano passado, Beyoncé já havia se consagrado como a grande vencedora do MTV Music Awards, levando para casa os prêmios de cantora do ano, melhor vídeo e melhor música.

Na verdade, em sua carreira, Beyoncé já ganhou 16 Grammy Awards (treze como solo e três com o Destiny´s Child, antigo grupo).

Ela também já atuou em vários filmes e foi indicada ao Globo de Ouro na categoria Best Performance by an Actress in a Motion Picture, por sua atuação em Dreamgirls. “Ela está com tudo e não está prosa”. Que rett, hein!
Clique aqui (dica de Elias) e veja o momento em que ela ficou mais "passada": http://www.youtube.com/watch?v=h5riRS7v4to

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Minha mãe sempre comemorava os nossos aniversários.
O meu e os dos meus irmãos.

Ela dizia que gostava de acompanhar o crescimento dos filhos.

Ela também gostava de juntar a família, ver todos felizes e reunidos.

Eu sei que ela também gostava de fazer festa.

Adorava dançar, dar risada e fazer palhaçada para as pessoas rirem e se sentirem felizes.

Hoje já não há festas em família para comemorar o meu aniversário.

Já não espero meus primos para brincar e nem para ver aqueles que estão para nascer.

Mas, há muito tempo eu também comemoro, faço festa e conto piadas... até performances...

E tudo isso com os meus AMIGOS.

É que eu gosto de acompanhar o crescimento DELES.

Eu me sinto como se eu tivesse fazendo 18 aninhos...
hummmmmm... 25 vai!