sábado, 28 de abril de 2012

Quem é ele? Esse tal de Let´s Rock!


Até o dia 27 de maio, os amantes, simpatizante ou apenas curiosos terão a oportunidade de entrar em contato com fatos históricos, fotografias, instrumentos e muito som, luz e projeções sobre o gênero musical rock´n roll.


Tudo isso faz parte da exposição “Let´s Rock”, em cartaz na Oca, parque do Ibirapuera. Em pouco mais de 10 mil m², o público tem a liberdade para circular por vários movimentos do estilo musical, seja por meio de “túneis acústicos”, painéis, projeções ou instrumentos, recheados de música.

O passeio é leve, pois há pouco conteúdo escrito. Os organizadores priorizaram os sentidos visuais e auditivo. Lá, você vai ver diversas fotos e ter a oportunidade de ouvir trechos de muitas canções.

A distribuição do acervo faz uma uma extensa linha cronológica, dividida por bandas, de acordo com associações musicais e sons semelhantes. Como resultado, a oportunidade de saborear estilos em décadas diferentes.

Registros históricos
O grande destaque da Let’s Rock é a presença de 75 fotografias do lendário Bob Gruen. Ele era, simplesmente, amigo de John Lennon – e seu fotógrafo pessoal. Há cinco anos, Gruen teve seu arquivo fotográfico exposto na Faap,em São Paulo.

O fotógrafo é do tempo em que jornalistas e músicos tinham uma relação mais próxima, sem a presença de assessores e agentes para intermediá-los (ou bloquear as relações).

Os fotógrafos brasileiros, Marcelo Rossi e Otavio Sousa, juntos, completam a coleção composta por 200 imagens de artistas nacionais e de mega-shows que passaram pelo Brasil.

São quatro pisos de rock. No térreo, logo na entrada, o visitante é convidado a seguir uma pequena linha do tempo do rock. No subsolo, há fotografias e os contêineres musicais. O primeiro andar é dedicado a objetos pessoais de músicos brasileiros e estrangeiros, como cartazes, roupas e instrumentos.

Já no segundo andar, uma surpresa: por meio de uma projeção em 180º, é possível viver a experiência de estar no meio de uma multidão de shows que vão de Beatles a Libertines. Você coloca um fone de ouvido, deita-se em um puff e boa “viagem”.

Serviço:
Let’s Rock – A Exposição.
Oca. Parque do Ibirapuera.
Av. Pedro Álvares Cabral, S/N, portão 3, Moema. Tel.: 4003-1212.
R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira).
Até 27/5, das 10h às 22h.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sesc Pinheiros apresenta o “Solos de Duos”

Estreia hoje, 17 de abril, e vai até 09 de maio, o espetáculo “Solos de Duos”. O evento é grátis e será exibido na Sala de Leitura do Sesc Pinheiros.

Segundo a assessoria de imprensa do grupo “Silenciosas+GT’aime”, criador da apresentação, trata-se de um trabalho com depoimentos pessoais sobre relacionamentos amorosos nos dias de hoje.

São cinco intérpretes-criadores que usam a abstração da dança para contar histórias pertinentes a eles. A intenção é discutir a dificuldade de se relacionar, em uma época em que não há mais padrões a serem seguidos.

“Solos de Duos” foi desenvolvido para ser apresentado em locais alternativos, como ambientes públicos - abertos ou não -, que estejam situados ou ligados a espaços culturais diversos.

A flexibilidade do jogo cênico e expressão corporal permitem que seus intérpretes utilizem desde salas multiuso, de exposição e corredores até pátios, jardins, vãos e bibliotecas, entre outros. O conceito engloba a proposta de adaptação do espetáculo ao ambiente que serve como palco.

“Solos e Duos” explora a dança artesanal, visando a interação com a plateia. Para isso, conta com as experiências e pesquisas, baseadas em experimentações com a dança, jogos e estado cênicos, misturando técnicas de teatro e artes marciais.

Serviço:“Solos de Duos”, Grátis, 40 min., livre.
Sesc Pinheiros – Sala de Leitura (50 lugares)
Rua Paes Leme, 195 - Tel. 3095-9400
Informações da bilheteria: Terça à sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.
www.sescsp.org.br/pinheiros
Terças e Quartas, às 20h30
Somente 7 apresentações
Abril: 17, 18, 24 e 25
Maio: 02, 08 e 09 (exceto dia 1º)

Ficha Técnica:
Direção e Concepção: Diogo Granato
Intérpretes-criadores: Ana Noronha, Carolina Brandão, Flavio Falcone, Michelle Farias e Nathalia Catharina
Iluminador-Intérprete: Marcelo Esteves
Produção: Cau Fonseca
Assistente de Produção: Guilherme Funari

sexta-feira, 13 de abril de 2012

"Um Método Perigoso" tem bom roteiro


Quem tem inclinação pela área de psicologia pode gostar do filme “Um Método Perigoso”, em cartaz desde o mês passado, no Brasil. A história é baseada no livro “A Most Dangerous Method”, de John Kerr. Antes das telonas, a trama foi adaptada para o teatro, com o título “The Talking Cure”.

No cinema a literatura foi roteirizada pelo premiado escritor Christopher Hampton, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro por “Ligações Perigosas”.

Acompanhado de uma bela fotografia e elegante figurino, o roteiro bem articulado foca três aspectos da vida pessoal do famoso e clássico psicanalista Carl Gustav Jung (Michael Fassbender).

A narrativa começa retratando a distância afetiva de Jung, em relação à esposa Emma (Sarah Gadon), em paralelo com o conflito interno causado pela repressão de seus desejos por sua paciente Sabina Spielrein - interpretada com grande força dramática pela atriz Keira Knightley - e sua insatisfação sobre o comportamento rígido de Sigmund Freud (Vigo Mortensen).


Portanto, não entre na sala escura pensando que terá uma aula sobre as teorias célebres de Jung, como o Inconsciente Coletivo, Interpretações de Sonhos, Símbolos, Libido como energia psíquica etc. Muito menos, esperando calorosas discussões entre os dois maiores psicanalistas do século XX, Freud e Jung.

Porém, o filme louva o que propõe. Trata com assertividade a perturbação mental de Jung, deflagrada entre o desejo sexual por Sabina e seus valores e princípios morais pertinentes ao adultério, impostos pela sociedade. Coloca em evidência discordâncias de certas teorias e conceitos do irredutível Freud, a passividade da esposa diante do romance com Sabina e a insegurança e vaidade de Freud.

É libertador, de certa forma, entrar em contato com as angústias, inseguranças e medo dos grandes mestres da psicanálise com questões que assolam até hoje mentes de homens e mulheres mais simples. E isso o filme abarca bem, embora sem tanta profundidade.


O período retratado diz respeito a sete anos, iniciados em 1904, quando Sabina chega à Clínica Burgholzli, onde Jung trabalhava. Ele decide tratá-la com um dos métodos da psicanálise freudiana, dialogando com a paciente.

Escutando suas memórias infantis e indagando sobre a participação de seu pai em sua vida, Jung obtém resultados evolutivos e o romance entre os dois desenvolvem na mesma proporção. Esse seria o método perigoso, que dá o título ao filme.

Com isso, surge a paixão entre eles e o famoso debate sobre o envolvimento entre terapeuta e paciente. Dois anos depois, Jung procura Freud. A troca é enriquecedora para ambos e, com o tempo, turbulenta. A amizade é rompida devido, principalmente, às ideias “alternativas” de Jung e suas discordâncias de conceitos freudianos já consagrados. Nada profundo.

O drama, no entanto, é envolvente e em certos momentos intrigante, desperta interesse pela história, mas não supre todas as curiosidades. Apesar de estático, tem uma dinâmica coerente, com reviravoltas previsíveis.

Sobre Sabina
Sabina Spielrein era russa. Judia, nasceu em 1885 e morreu em 1942, assassinada por soldados nazistas, juntamente com suas duas filhas. Seu convivio com Jung foi a ponte para tornar-se uma das primeiras psicanalistas do mundo. Ela influenciou diversos aspectos do trabalho de Jung, destancando-se como uma excelente pesquisadora.

Ficha Técnica
“Um Método Perigoso”, 99 minutos, 2011, EUA, drama, colorido, 14 anos
Diretor: David Cronenberg
Elenco: Michael Fassbender, Viggo Mortensen, Keira Knightley, Vincent Cassel, Sarah Gadon, Michael Fassbender
Produção: Martin Katz, Marco Mehlitz
Roteiro: Christopher Hampton
Fotografia: Peter Suschitzky
Trilha Sonora: Howard Shore

Família Addams garante diversão

Escrito em 05/04/2012

Para quem gosta de musical, São Paulo está em um momento diverso desse gênero. Entre eles: “Hair”, “Priscilla, Rainha do Deserto”, “Tim Maia-Vale Tudo, o Musical”, “A Família Addams” e “Um Violinista no Telhado”.


Esse final de semana prolongado, 06, 07 e 08 de abril, é uma boa oportunidade para ver um deles, entre outras programações culturais exibidas na cidade.

Hoje falarei do musical “A Família Addams”. O evento estreou no dia 02 de março e permanece em cartaz no Teatro Abril.

É, de fato, uma superprodução, adaptada de um espetáculo da Broadway, e a sua primeira montagem fora dos Estados Unidos. Vale a pena pelo figurino, cenários, montagem cenográfica (é rápida e muito precisa), iluminação e efeitos especiais.

E, se você, tem apreço por essa família, não vai se arrepender, já que os trejeitos, crenças e interpretações dos atores brasileiros estão próximas dos apresentados nos formatos quadrinhos, séries de TV e filmes.


Marisa Orth interpreta Morticia e Daniel Boaventura é o Gomez Addams. Os destaques são Gustavo Daneluz, na pele de Feioso, que exibe excelente voz, segurança e desenvoltura no palco e Claudio Galvan, com carisma, voz e graça interpreta Fester. Eles vivem os personagens sem caricaturas, nada apelativos, assim como Rogério Guedes, o Tropeço. São os mais parecidos com os personagens originais.

O vetor da trama é o fato de a filha de Morticia e Gomez, Wandinha (Laura Lobo) ter se transformado em uma jovem mulher e se apaixonado pelo doce e inteligente Lucas (Beto Sargentelli), oriundo de uma família “normal”. A partir daí, o enredo vai sendo desenvolvido, acompanhado de coreografia, balé e música, executada pela orquestra, ao vivo, que fica no fosso, abaixo do palco.


O elenco ainda conta com Iná de Carvalho como Vovó Addams, Nicholas Torres também como Feioso, alternante, Paula Capovilla (Alice) e Wellington Nogueira, o Mal. Os dois últimos são pais de Lucas.

O macabro e divertido clã surgiu nos quadrinhos, na década de 1930. Antes de chegar ao teatro, já estrelou em programas de TV e no cinema.

O musical “A Família Addams” é inspirado nas criações do cartunista americano Charles Addams (1912 – 1988). Em 1933, quando tinha apenas 21 anos, sua obra foi publicada na “The New Yorker”. Ao longo de quase seis décadas, ele tornou-se um dos colaboradores mais queridos da revista.

Mais de 15 livros de seus desenhos foram publicados em todo o mundo, incluindo a nova coleção “The Addams Family: An Evilution”, a primeira história completa de “A Família Addams”, incluindo mais de 200 cartoons, dos quais muitos inéditos.

Serviço
“A Família Addams”
Teatro Abril
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411
De R$ 70 a R$ 250.
De quinta e sexta, às 21h. Sábado, às 17h e 21h. Domingo, às 16h e 20h.
Os ingressos estão à venda no teatro, de segunda a sábado, das 12h às 20h, e aos domingos, das 14h às 20h.
Vendas pelo telefone (11) 4003-5588 ou neste link https://premier.ticketsforfun.com.br/default.aspx