quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Passagem para Xanadu...

E quando acordar
Perdida, sentindo o frio fustigando a alma
Desnorteada pensando no Leste
Confundindo o Sul com o Oeste

E o centro de si
Sem alcance
Sem eixo
Sem lance
Sem rumo
Sem prumo
Sem chão.

Minha amiga,
Mulher
tão sofrida!

Não, não olhe para o medo
Com medo de Ser.

Não, não olhe para o medo
Com medo de ser frágil
Agora, eu sei como é isso!

De tão frágil perdeste a vida,
De tão frágil não curaste a ferida,
Com medo do medo, atenta, sucumbiste,
Mas quem está livre disto?

As vitrolas ao fundo
Soam a sua música preferida
Ouça...

Naquele palco está a peça
que você ainda não protagonizou
Veja...

Tudo bem aquele filme pornográfico,
Você ainda nem aprendeu a cena do crime!

E o estúdio de cromaqui?
Tão misterioso, rodando, rodando numa tarde linda...

Ele ainda está lá, solitário, triste, vazio...
Escuro! Turvo!
Esperando para a cena da próxima novela
das seis, das sete ou talvez seja das oito!
Espere mais um pouco!

Olhe!
Entre nesta sala imensa, escura, 3 D
É a sétima arte do seu filme mais querido.

Lembre-se:
- Almadóvar mesmo a cegas termina uma película!

Não se Mate!


* Baseado na morte de Leila Lopes .
** Dedico ao meu amado amigo Andrezinho, que ficou tão chocado quanto eu fiquei.
*** Dedico ao meu amado amigo Alessandro, que sempre me faz rir das tragédias da vida.
**** Dedico a Todos que Desistiram...
***** Dedico a Todos que Não Desistiram...

3 comentários:

André disse...

Amor... vc encontrou poesia nos devaneios e loucuras de Leila.. hehe

Unknown disse...

Retete... fez um miojo e comeu com chumbinho...
Sem luxo nenhum...
Xanadu pelo menos eh mais luxuoso, cheio de brilhos, nao eh msmo?

Beijos minha Rose!!!!!!!!!!

Baby Cristina disse...

Achei maravilhoso descobrir essa sua veia poética totalmente desconhecida para mim. Gostei muito!"