O diretor Christopher Nolan (Batman – O cavaleiro das trevas, Amnésia) estreou no Brasil, no dia 6 de agosto, o seu mais recente filme. Inception (“A Origem”, na versão brasileira) reúne ação, romance, aventura e muitos, mas muitos efeitos especiais. A intenção é deixar a plateia perplexa!
O argumento é simples para um roteiro cheio de acontecimentos e revira-voltas. Trata-se do desejo de o ser humano mergulhar nos arquivos mais secretos de um outro ser humano e influenciar suas escolhas.
Para contar essa história foi criado o protagonista Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), um talentoso ladrão de sonhos. Ele rouba segredos valiosos das profundezas do subconsciente durante o sono - estimulado por drogas inseridas via venal -, estado mais vulnerável da mente.
A rara habilidade de Cobb o tornou um jogador hábil neste novo e escorregadio mundo da espionagem corporativa, porém também fez dele um fugitivo internacional, já que é acusado de ter assassinado a bela e misteriosa Mal, sua própria esposa (vivida por Marion Cotillard, vencedora do Oscar por Piaf – Um Hino ao Amor).
Nada muito diferente, quando concluímos a sinopse: ele terá de provar a inocência para recuperar a sua vida e seus filhos que estão vivendo do outro lado do planeta. Ele vai para Tóquio e as crianças estão nos Estados Unidos.
Então, um último trabalho poderá lhe devolver sua paz e as pessoas que ama. Isso, se vencer um grande desafio: Cobb e sua equipe de especialistas têm de, ao invés de roubar ideias e informações, terá plantá-las na mente de um herdeiro milionário.
Essa ficção científica, com alto orçamento sobre ladrões de sonhos, mostra como o ser humano usa tão pouco o seu poder de acessar seus segredos “enterrados” no subconsciente, simplesmente pelo medo de encarar a realidade ou a verdade sobre si mesmo.
No fundo traz um questionamento sobre a importância de se conhecer bem, aceitar seus limites, lidar com as frustrações... Com desejos que parecem inalcançáveis nos dias de hoje, como envelhecer ao lado do ser amado ou ter os filhos que sempre sonhou. Enfim... Até que ponto o ser humano está preparado para viver com inteireza e dentro de sua própria realidade?
É uma viagem às profundezas obscuras e perturbadoras do inconsciente, do próprio Eu. Se a leitura for essa, o filme pode ser fascinante. Se a intenção for ver efeitos especiais fabulosos e surreais, que lembram Matrix, ele também valerá a pena! Se for em busca de uma história complexa, você vai acertar!
O filme quer brincar! Muita coisa que parece ser não é. E o que é parece não ser. Nisso, ele cumpre a função de deixar o espectador em dúvida e com o olhar colado na telona. Perder uma fala pode ser o fim da brincadeira.
Mas essa possibilidade deixa de existir no momento em que Ariadne entra em cena. Muito bem interpretada por Ellenn Page (Juno), a personagem explica os acontecimentos. Se não fosse ela a história se perderia.
Essa viagem na mente humana por camadas que sobrepõem camadas do subconsciente não apela para imagens de neurotransmissores cerebrais ou órgãos humanos. Nisso, o filme ganha pontos.
Para explicar essas “inceptions”, traduzidas como inserções, ele faz alusões a cenas que lembram os videogames, em que, a cada etapa, as figuras duelam para vencer e passarem para os próximos desafios.
Nesse aspecto, Nolan foi bem-sucedido. Utilizou uma linguagem moderna para explicar a complexidade da mente humana, sem concretizar os jogos. Para isso, o roteiro coloca em evidência sentimentos como a ganância, a solidão, o medo, assim como a vulnerabilidade da mente humana, no fio que separa a sanidade da insanidade, a ilusão da realidade.
E aí surge uma pergunta: Como podemos controlar nosso subconsciente para mudar nossas vidas? O ideal é a mente consciente comandar o subconsciente, mas nem sempre isso acontece. O desafio, grosso modo, está em dar os comandos certos.
E autoconhecimento é isso: A cada revelação de nossa personalidade, acessamos camadas mais profundas do subconsciente, testando nossa autoconfiança, coragem para seguir a diante e fé!
Ficha Técnica:
"A origem" (Inception), ficção cienfífica, 148 min, 2010, Warner Bros.
Diretor/ Roteirista: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio (Cobb), Marion Cotillard (Mal), Joseph Gordon-Levitt (Arthur), Ellen Page (Ariadne), Ken Watanabe (Saito), Cillian Murphy (Fischer), Tom Berenger (Browning), Michael Caine (Professor), Lukas Haas (Nash), Tohoru Masamune (Segurança), Tom Hardy (Eames).
Produtores: Christopher Nolan e Emma Thomas
Produtor Executivo: Chris Brigham e Thomas Tull
Diretor de Fotografia: Wally Pfister
Desenhista de Produção: Guy Hendrix Dyas
Música de Hans Zimmer
Figurinista: Jeffrey Kurland
O argumento é simples para um roteiro cheio de acontecimentos e revira-voltas. Trata-se do desejo de o ser humano mergulhar nos arquivos mais secretos de um outro ser humano e influenciar suas escolhas.
Para contar essa história foi criado o protagonista Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), um talentoso ladrão de sonhos. Ele rouba segredos valiosos das profundezas do subconsciente durante o sono - estimulado por drogas inseridas via venal -, estado mais vulnerável da mente.
A rara habilidade de Cobb o tornou um jogador hábil neste novo e escorregadio mundo da espionagem corporativa, porém também fez dele um fugitivo internacional, já que é acusado de ter assassinado a bela e misteriosa Mal, sua própria esposa (vivida por Marion Cotillard, vencedora do Oscar por Piaf – Um Hino ao Amor).
Nada muito diferente, quando concluímos a sinopse: ele terá de provar a inocência para recuperar a sua vida e seus filhos que estão vivendo do outro lado do planeta. Ele vai para Tóquio e as crianças estão nos Estados Unidos.
Então, um último trabalho poderá lhe devolver sua paz e as pessoas que ama. Isso, se vencer um grande desafio: Cobb e sua equipe de especialistas têm de, ao invés de roubar ideias e informações, terá plantá-las na mente de um herdeiro milionário.
Essa ficção científica, com alto orçamento sobre ladrões de sonhos, mostra como o ser humano usa tão pouco o seu poder de acessar seus segredos “enterrados” no subconsciente, simplesmente pelo medo de encarar a realidade ou a verdade sobre si mesmo.
No fundo traz um questionamento sobre a importância de se conhecer bem, aceitar seus limites, lidar com as frustrações... Com desejos que parecem inalcançáveis nos dias de hoje, como envelhecer ao lado do ser amado ou ter os filhos que sempre sonhou. Enfim... Até que ponto o ser humano está preparado para viver com inteireza e dentro de sua própria realidade?
É uma viagem às profundezas obscuras e perturbadoras do inconsciente, do próprio Eu. Se a leitura for essa, o filme pode ser fascinante. Se a intenção for ver efeitos especiais fabulosos e surreais, que lembram Matrix, ele também valerá a pena! Se for em busca de uma história complexa, você vai acertar!
O filme quer brincar! Muita coisa que parece ser não é. E o que é parece não ser. Nisso, ele cumpre a função de deixar o espectador em dúvida e com o olhar colado na telona. Perder uma fala pode ser o fim da brincadeira.
Mas essa possibilidade deixa de existir no momento em que Ariadne entra em cena. Muito bem interpretada por Ellenn Page (Juno), a personagem explica os acontecimentos. Se não fosse ela a história se perderia.
Essa viagem na mente humana por camadas que sobrepõem camadas do subconsciente não apela para imagens de neurotransmissores cerebrais ou órgãos humanos. Nisso, o filme ganha pontos.
Para explicar essas “inceptions”, traduzidas como inserções, ele faz alusões a cenas que lembram os videogames, em que, a cada etapa, as figuras duelam para vencer e passarem para os próximos desafios.
Nesse aspecto, Nolan foi bem-sucedido. Utilizou uma linguagem moderna para explicar a complexidade da mente humana, sem concretizar os jogos. Para isso, o roteiro coloca em evidência sentimentos como a ganância, a solidão, o medo, assim como a vulnerabilidade da mente humana, no fio que separa a sanidade da insanidade, a ilusão da realidade.
E aí surge uma pergunta: Como podemos controlar nosso subconsciente para mudar nossas vidas? O ideal é a mente consciente comandar o subconsciente, mas nem sempre isso acontece. O desafio, grosso modo, está em dar os comandos certos.
E autoconhecimento é isso: A cada revelação de nossa personalidade, acessamos camadas mais profundas do subconsciente, testando nossa autoconfiança, coragem para seguir a diante e fé!
Ficha Técnica:
"A origem" (Inception), ficção cienfífica, 148 min, 2010, Warner Bros.
Diretor/ Roteirista: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio (Cobb), Marion Cotillard (Mal), Joseph Gordon-Levitt (Arthur), Ellen Page (Ariadne), Ken Watanabe (Saito), Cillian Murphy (Fischer), Tom Berenger (Browning), Michael Caine (Professor), Lukas Haas (Nash), Tohoru Masamune (Segurança), Tom Hardy (Eames).
Produtores: Christopher Nolan e Emma Thomas
Produtor Executivo: Chris Brigham e Thomas Tull
Diretor de Fotografia: Wally Pfister
Desenhista de Produção: Guy Hendrix Dyas
Música de Hans Zimmer
Figurinista: Jeffrey Kurland
4 comentários:
fui ontem com o Edu assistir! bj
Uma nova leitura de Matrix!!
Ótimo filme! André
meu eu é tão profundo quanto uma piscina de criança.
Oi Rosi,
Tenho que ver então.
Alguns adoram outros odeiam.
xoxo
ER
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