segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Globo de Ouro 2011: Fique por dentro!

Anunciada a lista dos indicados ao Globo de Ouro 2011:

Melhor Minissérie para TV
"Carlos"
"Os Pilares da Terra"
"The Pacific"
"Temple Grandin"
"You don´t Know Jack"

Melhor Ator em Minissérie para TV
Idris Elba – “Luther”
Ian Mcshane – “Os Pilares da Terra”
Al Pacino – “You don´t know Jack”
Dennis Quaid – “Special relationship’
Édgar Ramírez – “Carlos”
Melhor Atriz em Minissérie para TV
Hayley Atwell – “Os Pilares da Terra”
Claire Danes – “Temple Grandin”
Jennifer Love Hewitt – “The Client List”
Judi Dench – “Cranford”
Romola Garai – “Emma”

Melhor Animação
"Meu Malvado Favorito"
"Como Treinar O Seu Dragão"
"The Illusionist"
"Enrolados"
"Toy Story 3"

Melhor Série de TV - Drama
"Boardwalk Empire"
"Dexter"
"The Good Wife"
"Mad Men"
"The Walking Dead"

Melhor Ator em série de TV - Drama
Steve Buscemi - "Boardwalk Empire"
Bryan Cranston - "Breaking Bad"
Michael C. Hall - "Dexter"
John Hamm - "Mad Men"Hugh
Laurie - "House"

Melhor Atriz em série de TV - Drama
Julianne Marguiles - "The Good Wife"
Elisabeth Moss - "Mad Men"
Piper Perabo - "Covert Affairs"
Katey Sagal - "Sons of Anarchy"
Kyra Sedgwick - "The Closer"

Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie de TV
Scott Caan - "Hawaii Five-O" – *Ainda não foi confirmado o lançamento desta série de TV pela Paramount no Brasil
Chris Colfer - "Glee"
Chris Noth - "The Good Wife"
Eric Stonestreet - "Modern Family"
David Straithairn - "Temple Grandin"

Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie de TV
Hope Davis - "The Special Relationship"
Jane Lynch - "Glee"
Kelly McDonald - "Boardwalk Empire"
Julia Stiles - "Dexter"
Sofia Vergara - "Modern Family"


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aladdin, Conectando a Criança que há em Você!

Se você tem criança em casa, ela não pode perder... Se você tem uma criança interna espontânea e vivaz também deve assistir... Mas, mesmo que o seu lado infantil esteja adormecido, vale à pena tentar... Estou falando de Aladdin, O Musical. A peça encerra temporada dia 19 dezembro e retorna dia 15 de janeiro.

Em cartaz, desde sábado, dia 4 de dezembro, no Teatro Bradesco, o espetáculo promete encantar e estimular os ânimos infantis e adultos.

O elenco está afinado, a produção caprichou, a história colabora e a imaginação de que se abre para uma aventura descomprometida vai longe... A encenação prende do começo ao fim, despertando interesse pela história, assim como por gostosas gargalhadas.

A montagem fala para todos os tipos de crianças sobre amor, amizade, liberdade, honestidade, lealdade, e, claro, aborda os sonhos em uma narrativa romantizada e muito divertida.

No palco o ator Igor Miranda vive o jovem órfão Aladdin, através da visão de Sherazade, que é a grande personagem contadora de histórias do clássico As Mil e Uma Noites.

Neste musical, ela trama acabar com o terrível decreto do rei da Pérsia, que ao ser traído por sua esposa, decide-se desposar todas as noites de uma jovem diferente, sendo que ao amanhecer a “amante” é condenada à morte, por meio de sacrifício.

Diante desse fato, Sherazade oferece-se para desposá-lo e já na primeira noite narra às aventuras do adolescente malandro Aladdin, dando início a magia teatral.

Como vocês já sabem, o rapaz é simples, cativante e travesso. Ele vive de pequenos roubos pelas ruas da cidade de Ágrabah e é procurado pelo feiticeiro Jaffar, que ao ver seus poderes diminuírem, pretende encontrar moço para convencê-lo a retirar uma lâmpada do interior de uma tenebrosa gruta.

Porém, seus planos são contrariados por uma série de acontecimentos, que vão desde o aparecimento de um Gênio muito divertido e trapalhão, até um casual encontro de Aladdin com a princesa Jasmine, momento em que se inicia uma paixão entre eles.

A produção é grandiosa e proporciona várias surpresas. Uma delas é o voo do tapete mágico, um momento encantador. Tem também réplicas enormes de elefante, camelo e pantera. Realmente, o uso da tecnologia a serviço do entretenimento. Isso, sem falar do belo figurino colorido.

Conforme a produção Aladdin, O Musical conta com um elenco de 20 atores, cantores, bailarinos e uma equipe de quase 80 profissionais. Mais de 300 peças compõem figurinos luxuoso, sendo 20 trocas de cenários criados especialmente para esta versão.

ALADDIN, O MUSICAL
Teatro Bradesco (1457 lugares), Bourbon Shopping – Rua Turiassu, 2.100 – 3º piso – Pompéia
Bilheteria: domingo a quinta, das 12h às 20h; sexta e sábado, das 12h às 22h. Aceita todos os cartões de credito e débito. Não aceita cheque.Vendas pela Internet: http://www.ingressorapido.com.br/ e telefone: 4003-1212.
Sábado, às 17h. Domingo, às 15h.
Ingressos: de R$ 20 a R$ 80
Duração: 100 minutos (intervalo de 10 minutos) - Classificação: Livre

Temporada de 04 a 19 de dezembro

FICHA TÉCNICA:
Texto: Igor Miranda
Adaptação: Paulo Ribeiro
Músicas: Carlos Bauzys
Letras: Paulo Ribeiro e Igor Miranda (O Sonho De Jasmine)
Direção Musical e Orquestração: Carlos Bauzys
Direção Cênica: Paulo Ribeiro
Assistente de Direção: Cibele Troyano
Cenografia: José Dias
Figurinos e Adereços: Leo Diniz
Direção de Coreografia: Fernanda Chamma
Preparação corporal e Coreógrafa Assistente: Dani Calicchio
Diretora Residente e Preparadora Vocal: Amélia Gumes
Designer de Iluminação: André Luiz Prado
Criação de Vídeos: Leonardo Haar
Fotos: Ronaldo Aguiar

ELENCO:
Igor Miranda: Aladdin
Vivian de Albuquerque: Jasmine
Carlos Sanmartin: Gênio
Felipe Carvalhido: Jaffar
Gabriela Petry: Sherazade
Pedro Henrique Rezende: Gárgula
André Mello: Sultão
Andressa Andreatto: Duniazade
Elber Marques: Abu
Michael Nunes: Tapete
Rodrigo Negrini: Príncipe da Índia/ Coro
Fernando Cursino: Rei da Pérsia
Nathalia Mancinelle: Geniete/Coro
Corina Sabbas: Geniete/Coro
Thais Garcia: Geniete/Coro
Adalberto Halvez: Grão Vizir/Coro/Cover Jaffar
Bruno de Castro: Swing
Mariana Coelho: Coro; Lais Lenci: Coro
Danilo de Moura: Coro/Cover Gênio; Murilo Armacollo: Coro/Cover Abu e Gárgula

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Simone - dia 13 de dezembro no Teatro Bradesco

Show inédito em prol de crianças em tratamento de câncer

Em comemoração ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) realiza, no próximo dia 13 de dezembro, o show da cantora Simone, intitulado “Em Boa Companhia”.

O show é uma maneira de mostrar ao público a importância do diagnóstico precoce do câncer, para a obtenção dos melhores resultados em seu tratamento. Parte do valor arrecadado no evento será revertida para o “Projeto Dodói”, criado pela Abrale, em parceria com o Instituto Cultural Maurício de Souza.

O projeto tem o objetivo de dar suporte às crianças em tratamento de câncer, assegurar melhores condições de convívio com a doença e possibilidades efetivas de cura.

Além das crianças, o projeto também é voltado à equipe de enfermagem e ao corpo médico, profissionais com grande influência sobre pacientes infantis. “O tratamento do câncer infantil está em constante avanço, o que faz com que 70% das crianças diagnosticadas com a doença possam ser curadas”, diz a doutora Ana Lúcia Cornacchinoni, médica onco-hematologista, do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci) e coordenadora do Comitê Médico Científico da Abrale.

“O Projeto Dodói é uma importante ferramenta para que a criança em tratamento possa recuperar capacidades, desenvolver senso de controle, reparar frustrações e exercitar mecanismos de adaptação”, completa ela.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer é a segunda maior causa de mortalidade infantil e acomete cerca de nove mil crianças anualmente no Brasil.

A leucemia é a doença maligna mais comum na infância, correspondendo aproximadamente a 33% dos casos de câncer da criança. O linfoma é a segunda doença mais comum, correspondendo cerca de 12% dos casos.

SIMONE NO SHOW “EM BOA COMPANHIA" - SEGUNDA-FEIRA, DIA 13, ÀS 21 HORAS
Teatro Bradesco (1457 lugares) - Bourbon Shopping São Paulo
Rua Turiassu, 2.100 – 3º piso – Pompéia
Bilheteria: domingo a quinta, das 12h às 20h; sexta e sábado, das 12h às 22h. Aceita todos os cartões de crédito e débito. Não aceita cheque.Vendas pela Internet: http://www.ingressorapido.com.br/ e telefone: 4003-1212.

Ingressos: de R$ 60 a R$ 130
Duração: 75 minutos
Classificação: Livre

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Filminho no sofá ou na cama?

“Leaves of Grass” (Irmãos de Sangue ) e “Burnign Bright” (Nas Garras do Tigre) chegam hoje às locadoras do país, hoje e amanhã, dias 9 e 10 de novembro, conforme a assessoria de imprensa da California Filmes. Confira as sinopses!

Irmãos de Sangue

Sinopse: “Em Irmãos de Sangue”, a vida de dois gêmeos idênticos (interpretados por Edward Norton) dá uma reviravolta quando o primeiro, um professor de filosofia, é confundido com o segundo, um traficante de drogas a quem vários clãs do narcotráfico querem ver morto.

Elenco: Edward Norton, Melanie Lynskey, Susan Sarandon, Keri Russell, Richard Dreyfuss, Tim Blake Nelson
Direção: Tim Blake Nelson
Gênero: Comédia
Ano de produção: 2009, EUA
Produtora: Millennium Films
Dias 23 e 24 de Novembro (Lançamento exclusivo em Home Vídeo)

Nas Garras do Tigre

Sinopse: Kelly sente que sua vida está se desmanchando. A morte de sua mãe a deixou como guardiã de Tom, seu irmão autista de 12 anos de idade, e acaba de descobrir que seu padrasto furtou dinheiro reservado para seu colégio e comprou um tigre para o seu parque estilo safari. Para piorar, um furacão caminha em direção à sua casa. Mas Kelly tem algo mais a temer que os ventos de 120 quilômetros por hora percorridos pelo furacão. O tigre selvagem, que de alguma foi parar em sua casa. Agora, presos dentro de sua casa, Tom e Kelly devem lutar por suas vidas contra um terrível devorador de homens que sente o cheiro do medo... e quer suas carnes.

Elenco: Briana Evigan, Charlie Tahan, Garret Dillahunt, Mary Rachel Dudley, Meat Loaf, Peggy Sheffield
Direção: Carlos Brooks
Gênero: Thriller
Ano de produção: 2010, EUA
Produtora: Burning Bright Productions

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

BIBI FERREIRA comemora seus 70 anos de carreira

Aos 88 anos, cheia de alegria, entusiasmo e dona de uma voz de fazer inveja, a grande artista Bibi Ferreira estará dia 13 de outubro, no Teatro Bradesco, apresentando o seu mais recente show “De Pixinguinha a Noel, passando por Gardel”.

Será uma única apresentação em São Paulo. Portanto, é uma das poucas chances para prestigiar e se deleitar com esse ícone da nossa cultura!

Este é o show que conquistou os argentinos, em Buenos Aires, no início do ano, e agora será a vez de São Paulo e Rio de Janeiro, mais precisamente no Canecão, nos dias 15 e 16 outubro.

O espetáculo abre as comemorações de seus 70 anos de carreira e conta com dois atos. O primeiro apresenta um apanhado da sua carreira, com grandes referências nacionais. O outro traz grandes momentos como o solo do grande pianista Diego Schissi e a orquestra El Arranque, a mais importante de tango da Argentina.

Segundo a sua assessoria, na primeira, parte o público ouvirá as mais belas canções brasileiras que Bibi cantou nos seus últimos espetáculos, tendo no repertório Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Orestes Barbosa, Maysa, Dolores Duran.

Ela também interpretará três fados, lembrando sua homenagem à Amália Rodrigues e incluirá três canções de Piaf, referência a um dos seus maiores sucessos. Ainda, haverá um mini bloco em homenagem ao centenário de Noel Rosa, com três dos seus maiores sucessos, uma das novidades do show.

O solo do famoso pianista Diego Schissi também promete. Ele é o arranjador do CD Tango e Bibi cantará dois tangos acompanhada por ele: “Milonga Triste” e “Yo Soy El Tango”. Em seguida, entrará em cena a orquestra EL Arranque, considerada uma das mais importantes orquestras de tango da Argentina.

Com esses músicos, Bibi vai cantar três tangos: “Debajo”, “Questa Abajo” “Esta Noche me Emborracho”. O que você acha? Imperdível?

Como foi...

A ideia de Bibi apresentar-se em Buenos Aires, no Teatro Margarita Xirgu, localizado no charmoso bairro de San Telmo, surgiu após o lançamento do CD Tango (Biscoito Fino, 2006), ganhador do prêmio TIM de melhor disco de língua estrangeira.

O projeto foi se desenvolvendo enquanto Bibi atuava na peça “Às Favas com os Escrúpulos”, mas – devido ao grande sucesso da comédia, com mais de 350 mil espectadores e quase três anos em cartaz – a data para a estreia do show era sempre adiada.

A peça encerrou temporada em 2009. Porém, Bibi adiou a sua ida a Buenos Aires, em função do ano da França no Brasil. O acontecimento gerou uma grande turnê do espetáculo “Bibi Canta e Conta Piaf”, somando mais de 70 shows em todo o País, de julho de 2009 a fevereiro de 2010.

Agora depois do sucesso que fez em Buenos Aires, São Paulo e Rio são os premiados e talvez quem sabe ela volta o ano vem!


Serviço:
Bibi Ferreira em Pixinguinha a Noel, passando por Gardel
Teatro Bradesco (1457 lugares)
Bourbon Shopping, 3° Piso - Pompéia. Tel.: 3670.4141
Rua Turiassú, 2100
Bilheteria: Domingo a Quinta das 12h às 20h, Sexta e Sábado das 12h às 22h. Aceita cartões de crédito e débito. Não aceita cheque.
Vendas - Ingresso Rápido: 4003-1212 / http://www.ingressorapido.com.br/

Dia 13 de outubro, quarta-feira, às 21h.

Ingressos: de R$ 20 a R$ 120.

Classificação etária: 10 anos
Duração: 80 minutos

Filme "Juntos Pelo Acaso" tem sessão exclusiva para as Mães

Se você é mamãe ou conhece alguma, anote: dia 14 de outubro, às 14h, no Cinemark Market Place, haverá uma sessão de cinema bem diferente. Trata-se da pré-estreia do filme “Juntos pelo Acaso” (Life as We Know It), exclusiva para as mães do CineMaterna.

Holly Berenson (Katherine Heigl) e Eric Messer (Jose Duhamel), que após passarem por um primeiro encontro desastroso, a única coisa que compartilham é a antipatia que têm um pelo outro e o amor pela afilhada, Sophie. Quando, de repente, se tornam a única família de Sophie, Holly e Messer vêem-se obrigados a colocar suas diferenças de lado. Tentando equilibrar suas ambições profissionais e eventos sociais concorrentes, eles terão que encontrar sentimentos em comum para conseguir viver sob o mesmo teto.

O filme conta a história de Holly Berenson (Katherine Heigl), uma banqueteira de sucesso e Eric Messer (Josh Duhamel), um promissor coordenador de esportes, os quais após um primeiro encontro desastroso, a única coisa que passaram a compartilhar é uma forte antipatia recíproca.

Porém, ambos são padrinhos de Sophie, que de repente, se vê sozinha no mundo. Diante desse fato, Holly e Messer resolvem cuidar juntos da criança, ao mesmo tempo em que exercitam a difícil tarefa de colocar suas diferenças de lado, em prol do bem-estar do bebê. O resto você já imagina! Eles viverão uma história de amor.

A estreia nacional dessa comédia romântica está prevista para 15 de outubro.

CineMaterna

O CineMaterna oferece sessões de cinema para mães e bebês até 18 meses. O objetivo é trazer as mães de volta ao convívio social e cultural durante o pós-parto. As sessões são um espetáculo à parte com bebês no colo, sendo amamentados, no chão, engatinhando ou ensaiando os primeiros passos. Enquanto isso, mães, pais e acompanhantes assistem a um filme voltado ao público adulto, do circuito comercial de cinema, mas com salas adaptadas.

A Associação CineMaterna é pioneira em sessões de cinema para mães acompanhadas por seus bebês. Como associação, a CineMaterna estabelece parcerias com as redes para garantir os cuidados necessários para as sessões: escolha dos filmes pelas mães através do site, ar-condicionado mais suave, som mais baixo, luzes ligeiramente acesas, trocadores dentro da sala e tapete de atividades para os bebês que engatinham.

Saiba mais: http://www.cinematerna.org.br/web/FilmesCartaz.aspx

Ficha Técnica

"Juntos Pelo Acaso" (Life as We Know It), EUA, Comédia, 2010, 115 minutos, 14 anos
Elenco: Katherine Heigl, Josh Duhamel , Christina Hendricks, Josh Lucas, Jean Smart
Direção: Greg Berlanti
Estúdio/Distrib.: Warner Bros.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dançando com "Emoções Baratas"

Emoções Baratas é uma delícia! O espetáculo valoriza variados ritmos de dança, com predominância de movimentos que lembram dança de salão. Porém, os bailarinos, que vão da formação clássica à moderna não limitam suas potencialidades.

É ver e admirar os talentosos artistas que compõem esse espetáculo cativante. Muita, técnica, precisão, graça e bom gosto que vai da música ao cenário; da coreografia aos bailarinos... Muita luz, cor e ousadia!

José Possi Neto, diretor do espetáculo, em cartaz no Estúdio EMME (antigo Bar Avenida) remontou o premiadíssimo espetáculo Emoções Baratas. O espetáculo show, criado por ele em 1988, ficou em cartaz por mais de dois anos e meio. Agora, volta à pista!

O espetáculo possui uma linguagem de teatro-dança e foi fruto de laboratórios de interpretação, em que músicos, bailarinos e cantoras constróem um teatro musical jazzístico.

Quem cuida do jazz, muito bem por sinal, é a banda Heartbreakers, a mesma que se apresentou na montagem anterior. Na época, o espetáculo revelou novos bailarinos e as cantoras Misty e Aldyel Silva. Agora, Possi Neto apresenta as cantoras Karin Hills (ex-Rouge) e Biba Chuqui.

Entre os bailarinos de destaque estão a simpatia e talento de Janaina Zuba, Lucimar Castro, Kauê Ribeiro, Leandro dos Anjos e Rafael Machado, além de Roberto Alencar, Simone Camargo, Ana Luisa Seelaender e Ivi Mesquita. A última pode ser vista todos os domingos sambando, “como ninguém”, no bar Vermont, no bairro do Itaim Bibi.

Emoções Baratas é ambientado em um cabaré, em um clube de jazz. Todos os bailarinos, à exceção do bailarino que interpreta o garçom, assim como os músicos, à exceção do baixista, começam misturados com o público, ainda no saguão de entrada.

Na pista de dança, cadeiras de madeira, típicas de cabaré, estão amontoadas. Um único foco de luz, branco e forte, banha o contrabaixo de madeira e o baixista, que executa o solo jazzístico – “Things ain't what they used to be”. (1942).

O “garçom-bailarino” desconstrói a “montanha” de cadeiras, com movimentos de sua dança contemporânea. Dançarinos espalham-se pela casa e aos poucos tomam seus lugares.

A orquestra explode com “Cotton club stomp” (1930). Os bailarinos saltam sobre as mesas, dançam sobre elas, invadem o palco-pista de danças. Entre as canções apresentadas estão: “Satin doll” (1927), “Stomp look and listen” (1947) e “It don't mean a thing” (1929).

Outro ponto alto do espetáculo permite aos bailarinos escolherem espectadores (as) para dançar com eles, em mais um momento de interação e entretenimento para o público.

Serviço:
Estúdio EMME (antigo Avenida Club), 250 lugares, 75 min., 12 anos
Av. Pedroso de Morais, 1.036 - Pinheiros, (11) 2626-5835
Quinta, às 21h, sexta, às 21h30, sábado, às 21h, domingo, às 19h Quinta e Domingo: Camarote R$ 70 e Mesa R$ 50 Sexta e Sábado: Camarote R$ 80 e Mesa R$ 60

Bilheteria: terça e quarta, 15h às 20h. De quinta a domingo das 15h até o início do espetáculo.
Aceita dinheiro e os cartões de débito Redeshop e VisaElectron.
Vendas: http://www.compreingressos.com/. Tel.: 2626-5835 (Das 9h às 21h. Todos CC).
Estacionamento Vallet – R$ 15 (Convênio com Park Vênus, rua Cardeal Arcoverde, 2.898)

De 30 de julho a 31 de outubro

Ficha Técnica:
Roteiro e Direção: José Possi Neto
Direção Musical: Guga Stroeter
Coreógrafo: José Possi Neto
Cenário: Jean Pierre Tortil
Figurinos: Fabio Namatame
Design de Luz: Wagner Freire

Bailarinos: Ana Luisa Seelaender, Ivi Mesquita, Janaina Zuba, Kauê Ribeiro, Leandro dos Anjos, Lucimar Castro, Rafael Machado, Roberto Alencar e Simone Camargo.
Cantoras: Bibba Chuqui e Karin Hils

Banda Heartbrakers
Vibrafone: Guga StroeterBateria: Luis Andre GiganteContra Baixo: Gustavo BoniTrumpete: Gê RibeiroSax Barítono: Anderson QuevedoPiano: Pepe CisnerosSax Alto: Ivan de AndradeSax Tenor: Jorge CiriloTrombone e Guitarra: Emiliano Sampaio

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Lançamentos dos filmes "A Ressaca" e "Epidemia"

Para quem gosta de comédia, anote: dia 10 de setembro estreia “A Ressaca”. O filme apresenta um grupo de melhores amigos entediados com a vida adulta: Adam (John Cusack) foi abandonado pela namorada, Lou (Rob Corddry) é um rapaz que adorava festas, a esposa de Nick (Craig Robinson) controla cada movimento do marido e Jacob (Clark Duke) não sai de casa, por ser um viciado em videogame.

Após tomar um porre em um ofurô de uma estação de esqui, eles acordam com as cabeças explodindo. O ano é 1986. É a chance que eles têm de apagar o passado e mudar seus futuros - um vai encontrar um novo amor, outro vai aprender a se defender das mulheres, o terceiro descobrirá seu talismã e o quarto encontrará mais sentido em sua vida, assim como oportunidade para mudá-la!

Juntos, eles embarcam em uma aventura que resgata a moda, o comportamento e a tecnologia dos anos 80, contrapondo aos recursos tecnológicos dos quais dispomos hoje em dia.

Há cenas engraçadas, porém a película é repleta de humor clichê e bem descomprometido. Ou seja, muita gente pode achar um pouco chato. A história é simples, previsível, mas pode ser um bom "relaxante mental".

Epidemia já no cinema

Mas se você prefere algo mais parecido com um thriller, dia 20 de agosto, estreou a aterrorizante adaptação do clássico “O Exército do Extermínio”, de George A. Romero. A “Epidemia” (The Crazies) fala sobre uma misteriosa toxina no abastecimento de água que transforma em assassinos crueis todas as pessoas expostas a ela.

Em uma tentativa de conter a epidemia, o exército militar usa de forças fatais para interditar os acessos de entrada e saída da pequena cidade, abandonando os poucos cidadãos saudáveis na crescente desordem, enquanto assassinos atrozes se escondem nas sombras.

O xerife David Dutton (Timothy Olyphant, de Duro de Matar) sua mulher grávida, Judy (Radha Mitchell, de Terror em Silent Hill), Becca (Danielle Panabaker, de Sexta-Feira 13, assistente de uma clínica médica e Russell (Joe Anderson, de Across the Universe), o delegado e braço direito de Dutton, encontram-se presos na região, que não reconhecem mais.

Incapazes de confiar em seus vizinhos e amigos, abandonados pelas autoridades e aterrorizados pela ideia de serem infectados, eles são forçados a se unir em uma tenebrosa luta pela sobrevivência. Bom se você gosta de ver sangue e muitos disparos com arma de fogo...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

NOVELO teve uma reestreia calorosa e contagiante!

Para a alegria daqueles que gostam também de um teatro mais profundo e ao mesmo tempo sensível e leve, a peça Novelo continuará em cartaz na capital paulista. Ontem, a montagem reestreou no Teatro Augusta, depois de ter ficado em cartaz por três meses no Teatro Sérgio Cardoso.

Passam de uma sala de 144 lugares para outra de 328, a encenação promete continuar emocionando e estimulando deliciosas gargalhadas.

De lá para cá, a peça cresceu, está gigante! Os atores bem sincronizados, uma energia contagiante. Não tem como não sentir toda essa mudança. Se não fosse o mesmo texto, sem tirar nem colocar uma vírgula, eu diria: - É outra peça!

Não que as duas outras vezes que eu tinha visto foram ruins. Nada disso! Eu gostei de Novelo, desde a primeira vez que vi! É que agora, ela está ainda maior! A sensação é de entrar em contado, fazer uma conexão... A soma de todas as qualidades antes fragmentadas, parecem unidas, inteiras, uma coisa só! Então, mais uma vez eu recomendo: Novelo.

No palco os atores Alexandre Freitas, Fábio Cadôr, Elvis Shelton, Flavio Baiocchi e Flavio Barollo. A direção é de Zé Henrique de Paula (Side Man, As Troianas).

Em entrevista para o Blog Rê-Tê-Tê, Flavio Baiocchi concorda: “A peça está mais linda, também tenho a impressão de estar em uma outra peça, está mais vibrante ainda, impressionante. Estou amando esse trabalho. Acho que é essa capacidade humana de se apaixonar várias vezes pela mesma coisa e transformá-la sempre em melhor, sentir melhor, mesmo sendo a mesma”.

Ao final, Fábio Cadôr agradeceu a presença de todos e demonstrou mais uma vez essa sintonia perceptível dos cinco atores e a generosidade de cada um deles.

O diretor Zé Henrique de Paula estava presente, assim como o diretor teatral Vladimir Capella (O Meu Amigo Pintor, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, O Caçador de Crepúsculos), os atores Ewerton de Castro, Mara Carvalho (que já dirigiu parte do elenco de Novelo em outras montagens), atores e bailarinos de Zorro, O Musical, a bailarina talentosa de Emoções Baratas, Zuba (Janaína) e muitos outros amigos e conhecidos que prestigiaram o evento com muita alegria.

“Adorei a peça, muito profunda, leve e com certeza é um verdadeiro Pathwork” (metodologia de autoconhecimento), disse Mariângela Cohen, terapeuta de florais.

“A peça toda é ótima. A parte que o Zeca descreve o carro jaguar é impagável, amei”, revelou Marco Bottini, coordenador de gestão de qualidade da Basf, empresa química e líder mundial no setor de tintas.

“A cada vez que tenho oportunidades como essas, percebo como gosto de teatro e como ele precisa fazer parte de nossas vidas. Saio muito feliz e muito privilegiado”, falou Renato Lantin, gerente comercial da Basf.

“É realmente muito boa, vou recomendar aos meus amigos. Gostei muito de ter vindo. Os atores e o texto são excelentes. Parabéns para eles”, falou ao Blog Retete, André Koronfli, administrador na área de Comércio Exterior.

“Nossa, eu adorei. Quando li pela primeira vez sobre a peça fiquei com muita vontade de assisti-la e realmente a minha intuição estava certa. Eu adorei essa oportunidade. Com certeza vou indicar para outros amigos”, contou Sérgio Moreira, empresário no ramo de tradução e interpretação de línguas estrangeiras.

Para ler mais sobre a peça clique aqui! http://etodoumretete.blogspot.com/2010/07/peca-novelo-e-mais-comovente-do-que.html

Serviço:
NOVELO (90 min., a partir de 12 anos, drama)
Quarta e quinta, às 21h - R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Teatro Augusta - Sala Nobre (328 lugares) - Rua Augusta, 942 – Lado Centro – 3151-4141
Aceita cartão de crédito Mastercard, Dinners Club e Redeshop. Não aceita cheque.
Estacionamento ao lado – R$ 10.
Bilheteira, de quarta e quinta, das 14h às 21h; sexta, das 14h às 21h30; sábado das 15h às 19h.
Vendas por telefone: 4003-1212 e http://www.ingressorapido.com.br/
Acesse também http://www.onovelo.com.br/
De 18 de agosto a 16 de setembro

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O filme “A Origem” levanta questões sobre as profundezas do Eu

O diretor Christopher Nolan (Batman – O cavaleiro das trevas, Amnésia) estreou no Brasil, no dia 6 de agosto, o seu mais recente filme. Inception (“A Origem”, na versão brasileira) reúne ação, romance, aventura e muitos, mas muitos efeitos especiais. A intenção é deixar a plateia perplexa!

O argumento é simples para um roteiro cheio de acontecimentos e revira-voltas. Trata-se do desejo de o ser humano mergulhar nos arquivos mais secretos de um outro ser humano e influenciar suas escolhas.

Para contar essa história foi criado o protagonista Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), um talentoso ladrão de sonhos. Ele rouba segredos valiosos das profundezas do subconsciente durante o sono - estimulado por drogas inseridas via venal -, estado mais vulnerável da mente.

A rara habilidade de Cobb o tornou um jogador hábil neste novo e escorregadio mundo da espionagem corporativa, porém também fez dele um fugitivo internacional, já que é acusado de ter assassinado a bela e misteriosa Mal, sua própria esposa (vivida por Marion Cotillard, vencedora do Oscar por Piaf – Um Hino ao Amor).

Nada muito diferente, quando concluímos a sinopse: ele terá de provar a inocência para recuperar a sua vida e seus filhos que estão vivendo do outro lado do planeta. Ele vai para Tóquio e as crianças estão nos Estados Unidos.

Então, um último trabalho poderá lhe devolver sua paz e as pessoas que ama. Isso, se vencer um grande desafio: Cobb e sua equipe de especialistas têm de, ao invés de roubar ideias e informações, terá plantá-las na mente de um herdeiro milionário.

Essa ficção científica, com alto orçamento sobre ladrões de sonhos, mostra como o ser humano usa tão pouco o seu poder de acessar seus segredos “enterrados” no subconsciente, simplesmente pelo medo de encarar a realidade ou a verdade sobre si mesmo.

No fundo traz um questionamento sobre a importância de se conhecer bem, aceitar seus limites, lidar com as frustrações... Com desejos que parecem inalcançáveis nos dias de hoje, como envelhecer ao lado do ser amado ou ter os filhos que sempre sonhou. Enfim... Até que ponto o ser humano está preparado para viver com inteireza e dentro de sua própria realidade?

É uma viagem às profundezas obscuras e perturbadoras do inconsciente, do próprio Eu. Se a leitura for essa, o filme pode ser fascinante. Se a intenção for ver efeitos especiais fabulosos e surreais, que lembram Matrix, ele também valerá a pena! Se for em busca de uma história complexa, você vai acertar!

O filme quer brincar! Muita coisa que parece ser não é. E o que é parece não ser. Nisso, ele cumpre a função de deixar o espectador em dúvida e com o olhar colado na telona. Perder uma fala pode ser o fim da brincadeira.

Mas essa possibilidade deixa de existir no momento em que Ariadne entra em cena. Muito bem interpretada por Ellenn Page (Juno), a personagem explica os acontecimentos. Se não fosse ela a história se perderia.

Essa viagem na mente humana por camadas que sobrepõem camadas do subconsciente não apela para imagens de neurotransmissores cerebrais ou órgãos humanos. Nisso, o filme ganha pontos.

Para explicar essas “inceptions”, traduzidas como inserções, ele faz alusões a cenas que lembram os videogames, em que, a cada etapa, as figuras duelam para vencer e passarem para os próximos desafios.

Nesse aspecto, Nolan foi bem-sucedido. Utilizou uma linguagem moderna para explicar a complexidade da mente humana, sem concretizar os jogos. Para isso, o roteiro coloca em evidência sentimentos como a ganância, a solidão, o medo, assim como a vulnerabilidade da mente humana, no fio que separa a sanidade da insanidade, a ilusão da realidade.

E aí surge uma pergunta: Como podemos controlar nosso subconsciente para mudar nossas vidas? O ideal é a mente consciente comandar o subconsciente, mas nem sempre isso acontece. O desafio, grosso modo, está em dar os comandos certos.

E autoconhecimento é isso: A cada revelação de nossa personalidade, acessamos camadas mais profundas do subconsciente, testando nossa autoconfiança, coragem para seguir a diante e fé!

Ficha Técnica:
"A origem" (Inception), ficção cienfífica, 148 min, 2010, Warner Bros.
Diretor/ Roteirista: Christopher Nolan

Elenco: Leonardo DiCaprio (Cobb), Marion Cotillard (Mal), Joseph Gordon-Levitt (Arthur), Ellen Page (Ariadne), Ken Watanabe (Saito), Cillian Murphy (Fischer), Tom Berenger (Browning), Michael Caine (Professor), Lukas Haas (Nash), Tohoru Masamune (Segurança), Tom Hardy (Eames).

Produtores: Christopher Nolan e Emma Thomas
Produtor Executivo: Chris Brigham e Thomas Tull
Diretor de Fotografia: Wally Pfister
Desenhista de Produção: Guy Hendrix Dyas
Música de Hans Zimmer
Figurinista: Jeffrey Kurland

quinta-feira, 29 de julho de 2010

“Mulheres Alteradas”, um teatro em quadrinhos...

A comédia Mulheres Alteradas, que estreou no último dia 16 de julho, está lotando o Teatro Procópio Ferreira. Se você pretende assistir ao espetáculo vale um aviso: compre o ingresso antes na bilheteria, por telefone ou via internet!

O diretor Eduardo Figueiredo, em entrevista ao Blog Retete, disse que a intenção era apenas divertir a plateia. E ele conseguiu: a diversão é garantida e os paulistanos parecem querer mesmo dar boas risadas, a julgar pelo sucesso de público desde sua estreia.

Outro motivo é ver no palco as atrizes Luiza Tomé, Mel Lisboa e Daniele Valente. Elas estão bem sincronizadas, com a velocidade que o texto requer e fala precisa, tal qual a linguagem em HQ.

As encenações são fragmentadas, eu diria "tiras teatrais" bem recortadas e engendradas! Sim, a peça é uma adaptação de cinco livros da quadrinista argentina de sucesso Maitena.

As três dividem o palco com o ator André Bankoff, que por ser o seu primeiro papel no teatro, está conquistando o público com sua atuação descontraída e bem divertida, além de suas expressões faciais impagáveis. Destaco dois momentos: cenas da chicotada e do velório!

Vale também um destaque para a atriz Daniele Valente, que interpreta várias personagens com grande poder de convencimento. Isso, sem falar de sua veia naturalmente cômica. Ela está ótima!

Nas tiras de Maitena, as figuras femininas, em geral, não possuem nomes. Elas espelham características de uma mulher universal, cujos assuntos preferidos são corpo, moda, homens, amores, família, filhos, trabalho.

Porém, na adaptação brasileira, as personagens ganham nomes e personalidades. Lisa (Mel Lisboa) é separada do marido, mãe de um único filho, inteligente, com preocupações fúteis, mas dá uma lição nas (mulheres) mais neuróticas, quando descobre um nódulo em um dos seios. Neste trabalho, Mel Lisboa mais uma vez mostra outra face do seu talento!

Alice (Daniele Valente) é uma mulher solteira, vive no “mundo da lua”, mas de vez em quando solta umas boas verdades. Não mede esforços para encontrar o seu grande amor e vive se decepcionando, no entanto, sempre dá a volta por cima.

Por última, Norma (Luiza Tomé, que volta ao teatro depois de 12 anos) é uma executiva pragmática, casada, com dois filhos e se depara com uma terceira gravidez. O melhor momento da atriz é quando canta "Minha Culpa", acompanhada pelo piano. Muito boa a cena!

Já André incorpora vários personagens masculinos. Estes sim sem nomes, mas repletos de identidades masculinas, os quais certamente aludem a tipos de homens brasileiros. A comparação entre o príncipe e um cidadão comum é hilária!

Se até agora, para você, o espetáculo não trouxe estímulo. Prepare-se! A “Banda Alteradas”: um trio feminino que executa canções instrumentais, ao vivo, compostas para a montagem, dá um show a parte. É muito boa! O som, por várias vezes, remete às onomatopeias dos quadrinhos e no tempo certo de cada encenação. Repare!

A coreografia foi criada por Henrique Rodovalho, fundador da Quasar Cia. de Dança e a criativa direção musical é da pianista da banda, Elaine Giacomelli.

O texto é de Andrea Maltarolli, autora da novela “Beleza Pura”, da TV Globo, falecida no ano passado, devido a um câncer. Ela teve a colaboração de Bernardo Jablonski. Mulheres Alteradas foi a sua última obra completa.

Maitena negou a venda dos direitos de sua obra ao cineasta Pedro Almodóvar. A chargista e cartunista também não concedeu os direitos a produtores de cinema do México e dos Estados Unidos, segundo a produção da peça.

E se esses motivos ainda não justificam o sucesso, talvez ele esteja acontecendo porque a montagem mapeia de forma, aparentemente, descomprometida o discurso sobre a feminilidade presente no mundo contemporâneo.

Ou seja, mulheres, assoladas por cobranças e demandas desgastantes. Às vezes, quase impossíveis de atender simultaneamente: trabalhar o dia todo, dentro de casa idem (e de forma exemplar!), serem mães maravilhosas, amantes insuperáveis e manter as boas formas física, estética e psicológica.

Isso, sem contar com a necessidade de ostentar uma vida emocional serena, equilibrada, a toda prova. Impossível, não é? Mulheres não são assim. Como diz Maitena: “aquela que até ontem esperava dormindo, compra uma cinta liga; a executiva que administrava uma empresa quer viver em um camping; aquela que cuidava da sogra como sua própria mãe interna as duas em asilo; a magra vira uma vaca de gorda e a gorda perde vinte quilos”. Divirta-se!

MULHERES ALTERADAS
Teatro Procópio Ferreira, 80 min., 12 anos, 670 lugares.
Rua Augusta, 2.823 - Cerqueira César - 3083-4475
Sexta e sábado, às 21h30. Domingo, às 19h
Sexta, R$ 50 – Sábado, R$ 70 – Domingo, R$ 60
Vendas: http://www.ingressorapido.com.br/ e tel.: 4003-1212.
Bilheteria: de terça à quinta, das 14h às 19h; de sexta a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Acesso a deficientes físicos, ar condicionado e entrega de ingressos a domicílio.
Estacionamento conveniado na Rua Augusta, 2.673 - R$ 10,00 (período de 4 horas. Retirada de selo do estacionamento na bilheteria).
De 16 de julho a 03 de outubro

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A peça Novelo é mais comovente do que engraçada

Se você está procurando uma peça para assistir entre sexta e domingo e não quer ver nenhum pastelão, mas quer se divertir; procura um texto inédito, porém de autor brasileiro; não faz questão de rostos super conhecidos das mídias e tem R$ 20 para pagar entrada inteira ou R$ 10 para meia, anota aí: NOVELO!

O espetáculo está em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso há três semanas e traz os atores Alexandre Freitas, Fábio Cadôr, Elvis Shelton, Flavio Baiocchi e Flavio Barollo. A direção é de Zé Henrique de Paula (que também dirige Side Man, com Sandra Coverloni, no mesmo teatro).

Em entrevista para o Blog Rê-Tê-Tê, Fábio Cadôr conta que Novelo começou quando ele e os outros quatro atores tiveram a ideia de levar para o teatro temas inerentes ao universo masculino. “A montagem, entre texto, projeto e concretização, levou três anos. Pesquisamos muito e após o texto pronto, fomos atrás do diretor, do figurinista, enfim, tínhamos muita vontade de realizar esse sonho”.

E os atores de fato conseguiram! A atmosfera masculina é no palco desnudada e permite aos mais atenciosos aventurar-se pela alma do gênero, tão pouco transparente em artes como teatro, cinema, pintura, música, em que as mulheres ganham sem trégua.

O texto apresenta personagens arquetípicas da sociedade contemporânea. E, no geral, estão bem representadas. Fábio Cadôr, que merece destaque como ator do espetáculo, interpreta o machão Zeca. É aquele cara que vive dando uma de durão e nunca pode admitir fraqueza ou frustração. Adora ter dinheiro, mulheres, carros importados e tem uma necessidade descomunal de se autoafirmar como homem. Bem brasileiro, não? Ou é mais futebolístico?

Como a obra Quincas Berro d’Água, de Jorge Amado, não me deixa mentir, os bêbados também compõem o clima brasileiro. Portanto, Maurício é o alcoólatra da montagem e é encarnado de forma convincente e assertiva pelo ator Alexandre Freitas.

O estereótipo do irmão mais velho que segura as pontas de todos da família está representado por Mauro, vivido por Flavio Baiocchi. Ele cuidou dos irmãos, quando pequenos e continua levando suas responsabilidades a cabo.

O caçula da família chama-se Cláudio, um moço moderno, bonito, mente aberta, artista sensível, amigo de todos os irmãos e super compreensível. E quem dá vida a esse desejo de consumo feminino é Flavio Barollo.

Ah! Mas hoje em dia não se pode mais deixar de falar da homossexualidade. Concordo! João Pedro é um escritor famoso, rico e apaixonadamente gay.

Esses cinco irmãos trazem emoções profundas, dores e traumas causados na infância. Ao se reencontrarem, os sentimentos vêm à tona, caminhando para uma comovente resolução: o amor entre eles. Um belo momento do espetáculo!

O pivô responsável pela oportunidade de "lavarem a roupa suja" e se libertarem dos ressentimentos e mal entendidos é um homem, internado na UTI de um hospital público, que pode ser o pai que os abandonou há mais de 20 anos.

Apesar das lembranças e sentimentos intensos, desencadeando situações patéticas, irônicas, com cobranças e discussões, o texto, de forma inteligente, traz um humor ingênuo e, às vezes tenso, promovendo boas e espontâneas risadas. Comprove!

Novelo apresenta uma visão, envolvendo diversas dimensões do homem contemporâneo, inserindo suas alegrias, conflitos, ambições, coragem, mágoas, medo, frustrações, sonhos e outros estados bastante conhecidos pela humanidade. (conscientes ou não).

Segundo o diretor Zé Henrique de Paula, o que mais lhe atrai no texto é a possibilidade de fazer um recorte do masculino. “Cinco homens diferentes, cinco homens possíveis, cinco homens reais. E, por meio deles, tentar entender melhor o imaginário do gênero como um todo”.

O figurino é do "estilista Fashion Week" Mário Queiroz. A locução em off é da atriz Clara Carvalho (Grupo Tapa) e a trilha sonora do espetáculo foi composta originalmente por Fernanda Maia.

A autora é a experiente Nanna de Castro, que presenteia o público com um texto, no mínimo, desafiador para o elenco e direção. É difícil sair da plateia incólume. Impossível não surgir questionamentos ou sentir certo incômodo. Arte que é arte promove movimentos!

E Novelo não perde neste quesito. A peça apresenta planos de espaço-tempo que se cruzam durante todo o espetáculo. Ora os personagens são adultos, ora crianças. É um Novelo para ser desfiado, interpretado e, acima de tudo, Sentido! Principalmente para aqueles que não têm medo de dar vazão aos sentimentos ou que pelo menos querem aprender a deixá-los fluir. Acesse: http://www.onovelo.com.br/

Serviço:

NOVELO (90 min., a partir de 12 anos, drama)
Sexta, às 21h30. Sábado, às 21h, e domingo, às 19h – R$ 20 e R$ 10 (meia)

Teatro Sérgio Cardoso
Sala Paschoal Carlos Magno (144 lugares) - Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista - 3288-0136

Aceita cartão de crédito mastercard e débito pelo redeshop. Não aceita cheque.
Estacionamentos nas mediações, porém não há convênios com o teatro.

Bilheteira, de quarta a domingo, das 15h às 19h. Nos dias de espetáculos até o início da peça.
Vendas por telefone: 4003-1212 e http://www.ingressorapido.com.br/

De 18 de junho a 15 de agosto e de 18 de agosto a 16 de setembro no Teatro Augusta - Rua Augusta, 943 - Tel.: 3151-2464.

domingo, 27 de junho de 2010

Fortes Emoções, com Clarisse Abujamra

Hoje eu gostaria de compartilhar uma informação valiosa: uma leitura reflexiva e atenta do livro "Na Artéria".

Para quem gosta de poemas (ou até para quem não gosta), a recomendação é saborear a profundidade do discurso da atriz e escritora Clarisse Abujamra em seu terceiro livro "Na Artéria".

Por uma estrada imaginária, ela tece de forma orgânica, ora com humor ora com profundas dores, nuances da existência humana, ilustradas por um panorama contemporâneo: situações corriqueiras como trânsito, filhos, relacionamentos...

Nesta obra, a escritora apresenta um conto poético bem estruturado e repleto de simbologia e imagens, capazes de levar o leitor a uma viagem cheia de alegorias, sem deixá-lo escapar da realidade.

Essa concretude fala da vida, das angústias, dos tormentos e da morte de forma belíssima em um texto não linear. E, claro, Clarisse não lhe deixa escapar temas como o amor, o erotismo, a alegria e o entusiasmo que o pulsar do sangue nas veias garante ao ser humano. Essas abordagens, com citações de grandes escritores como Shakespeare e Hilda Hilst, oferecem uma leitura prazerosa, sem resistências...

Caracterizado também por um formato não tradicional, o qual singularmente possui folhas soltas, é possível escolher uma página somente e desfrutá-la. Você pode até guardar a página em uma agenda, por exemplo, e retornar às escritas para reflexões aleatórias ao conjuto da obra.

A publicação, acompanhada por um CD, vem dentro de uma caixinha de papelão. A mídia contém a leitura completa do livro, realizada pela própria escritora, permeada por uma bela trilha sonora composta por André Abujamra.

O livro, ótima dica para presente, até então vendido por meio do site oficial de Clarisse Abujamra, passou a ser comercializado recentemente pela Livraria Cultura – http://www.livrariacultura.com.br/.

Para quem deseja também, além do livro, deseja ver Clarisse no palco, ela tem apresentado o texto "Antonio" no teatro em forma de monólogo. Vale a pena ver essa excelente atriz compartilhando o seu belíssimo trabalho em meio a uma plateia ávida por descobertas envolventes, estimulada pela apresentação contundente da escritora.

Acesse o site dela (http://www.clarisseabujamra.ato.br/site/index.asp) e fique por dentro de sua agenda. Boa leitura!!!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mônica Martelli em conjunção com os planetas

Se a atriz Mônica Martelli tem ligação com toda a galáxia, eu não sei, mas que a peça dela (texto e atuação solo) “Os Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou! é uma bela montagem, não há dúvida!

E... vale muito a pena ver! O texto é inteligente, bem amarrado, honesto, divertido e, ao mesmo tempo muito verdadeiro, no que diz respeito, principalmente, aos pensamentos e idealizações do amor por parte do gênero feminino.

Ela? Bem, Mônica Martelli é apaixonante! No palco causa admiração, entre outros sentimentos. Pessoalmente, é como estar com uma pessoa sem tintas, sem pincéis. Ela é clara e, absolutamente, humana, sem medo de responder algo que possa ser usado contra ela. Claro, que eu jamais faria isso. Mas, normalmente, pessoas famosas dão entrevistas com cautela. Alguns, com muita cautela. Esse não é o caso de Mônica e isso, entre outras atitudes me chamaram atenção.

Foi assim que eu senti e agora você mesmo terá suas impressões, a partir de trechos que eu selecionei da entrevista que fiz com ela para ser capa da iN House Revista. Boa leitura!

Qual o maior presente de Fernanda (sua personagem na peça)?
A minha vida é antes de “Os homens são de Marte... e depois de “Os homens são de Marte...”. O que mudou foi o reconhecimento profissional e isso me trouxe mais segurança. Tive o retorno de tudo. É como se eu tivesse um pano preto me cobrindo e a peça retirou o pano preto e eu apareci. É aquele trabalho que é o pulo do gato. Mas, ao mesmo tempo em que eu acho isso. Na vida o que vale é a somatória das coisas. Você não pode ficar só em cima de um sucesso. É claro que nesse caso realmente é um grande sucesso. Mas, mesmo assim, caio nas contradições... Esses sentimentos humanos...

Nesse processo, você entrou em contato com o seu medo interno?
Claro. É a nossa insegurança. Eu sou totalmente influenciável... Mas dessa vez me senti segura e deu certo. Menina, me deu um ataque de segurança! (brinca). Então, quando vem o medo eu tento lembrar disso sempre e me fortaleço.

Com isso, você descobriu uma outra Mônica. Você reconhecia tanto talento e coragem em você?
É muita exposição estar sozinha no palco. Ter de prender a plateia. Eu não sabia que eu tinha talento. Foi um risco. Mas depois que eu estreei a peça, eu vi que a gente tem de arriscar. Eu demorei um tempo para arriscar. Eu sempre fui muito insegura. Foram anos de terapia... Reconheci a minha coragem, acreditei em mim e segui a minha intuição em tudo, do texto ao cenário.

Que bom! E a peça é um sucesso. Você conta a sua história como solteira e aborda a ansiedade em conhecer alguém e casar. Agora, depois de cinco anos, você está casada e com uma filha. Como tem sido a experiência da maternidade para você?
Ter filhos é experimentar o verdadeiro amor, o amor incondicional mesmo. Filho é um amor... Só quando a gente os tem, sabe como é o negócio.

É como é o negócio?
(Risos). É muito bom. É uma fonte de alegria todo o tempo. Quando eu acordo e vejo aquela coisinha gostosa dentro de casa. É uma delícia! Eu penso nela o tempo todo. Quando saio de casa já fico imaginando a hora de voltar... De encontrar aquela bolotinha me esperando com aquele sorriso lindo.

E você conheceu o Jerry no dia de Santo Antonio, não é?
Sim. Dia 13 de junho de 2002. Ficamos noivos em dezembro, mas eu quis colocar essa data na minha aliança. A grande data é o dia em que você conhece a pessoa ou dá o primeiro beijo. O grande lance é o dia do encontro. Puxa, pensado bem o santo me deu mesmo uma forcinha (brinca).

Você segue a risca o catolicismo?
Sou católica, vou à missa. Mas também vou à Siddha Yoga de vez em quando. Adoro cantar os mantras. Adoro meditar. Às vezes eu vou à igreja messiânica e recebo o Johrey. Eu acredito que todas as religiões caminham para o mesmo lugar, em busca do equilíbrio, da paz, do amor eterno. Cada uma delas tem uma prática diferente. Eu gosto das que eu conheço.

Mas enquanto o catolicismo prega um Deus externo, essas religiões fazem preleções de um Deus interno. Você não entra em conflito?
Eu gosto muito desse conceito da busca interna. No Siddha Yoga se canta muito o mantra “Om Namah Shivaya”, que significa “Eu reverencio o Deus interior”. Na igreja católica eu também me sinto bem. Seja qual for a religião, cada vez mais eu acredito, com certeza, nesse Deus interior e cada um deve buscar esse lugar dentro de si e não fora.

E como você aplica essa crença na sua vida prática?
Dentro de nós está a alegria, o amor, o entusiasmo pela vida! É a sua fonte. Ela te ajuda a passar melhor nessa vida, em ser uma pessoa melhor, em se relacionar melhor com as coisas. Essa busca por mais consciência reflete na vida em todos os sentidos. Até a alimentação fica melhor. Tudo o que você respira, olha... Tem tudo a ver. Está tudo interligado.

Como será sua participação no remake Tititi? Fará o papel que foi da Mila Moreira?
Sim. Eu serei a Dorinha Bacelar, uma ex-modelo, que dá aula para as modelos, ensina etiqueta, ensina como desfilar na passarela. Ela mora no apartamentinho das modelos e não tem grana. Dorinha trabalha em uma agência de modelos. Eu acho que vai ser engraçado. Eu sei pouco ainda. Começarei a gravar daqui há três meses, quando Júlia tiver 10 meses. Tudo certo, perfeito! (seus olhos brilham ainda mais).

Tudo certo, mesmo?
Estou muito feliz por poder trabalhar em uma novela da Maria Adelaide Amaral. Eu fiz um personagem pequeninho em “Os Maias” (2001), dela também. Eu tinha muita vontade de voltar a trabalhar em outra obra dela.

Você diria que chegou lá?
Olha está dando tudo certo! A peça é um sucesso, pude parar de trabalhar um tempo para ter a minha filha e me dedicar a ela totalmente, sem preocupações ou ansiedades. Mas, acho que chegar lá não existe, porque enquanto estamos vivos não tem ponto final. Estamos sempre aprendendo, sempre querendo chegar lá!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Finalmente... I Love You Phillip Morris entrará em cartaz!

O longametragem “O Golpista do Ano” - versão brasileira não muito feliz para o título original “I Love You Phillip Morris” - chega ao Brasil nesta sexta, dia 4, somando mais um evento para os dias que antecedem à Parada Gay 2010.

O filme fez parte da programação da 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorreu entre 23 de outubro a 05 de novembro de 2009. Nos Estados Unidos, ele somente será visto a partir de 30 de julho. Pode?

A instigante comédia, que paradoxalmente leva o espectador ao riso e às lágrimas, é coescrita e codirigida pelos roteiristas, parceiros de longa data, Glenn Ficarra e John Requa (“Papai Noel às Avessas”). A história é baseada no romance do ex-repórter investigativo Steve McVicker, do jornal Houston Chronicle.

O filme, por vários motivos, virou polêmica nas mídias brasileira e internacional. Primeiro, porque teve dificuldades para captar recursos financeiros. Segundo, porque tem o ator brasileiro Rodrigo Santoro. Em terceiro lugar, ele conta uma bela história de amor entre dois homens. Quarto, põe em cheque-mate a ineficiência dos sistemas policial e carcerário do Texas (EUA). Quinto, ele aponta para a burocracia demasiada daquele Estado. Sexto, a história é baseada em fatos reais!

O longa é envolvente e 100% livre de militância. Mais do que falar sobre a homossexualidade, ele retrata, principalmente, o amor idealizado, a paixão desenfreada e o medo do abandono, sentimentos que ao serem vividos de forma distorcida podem levar o ser humano a cometer erros irreparáveis. Esses autoenganos acontecem na vida de Steven Russell (Jim Carrey).

Durante a sessão não é raro esquecer os gêneros sexuais. A película vai a fundo ao abordar os reais desejos da essência humana, que muitas vezes se resumem em Ser o que realmente se É. Essa afirmação de viver a vida de verdade tem seu alicerce em Steven.

Ele é um policial, casado com Debbie (Leslie Mann) e pai de uma bela garotinha. Aparentemente feliz e muito bem-humorado, Steven relaciona-se bem com todos a sua volta, sendo até organista da igreja de seu bairro. No entanto, por trás dessa máscara há um segredo. Ao sofrer um grave acidente automobilístico, decide sair do armário e buscar a sua felicidade, mesmo que tenha de violar a lei.

Esse é o grande ponto de virada do filme e partir desse acontecimento, vai ser difícil não ficar vidrado na telona. Adotando um estilo de vida extravagante, ele aplica uma fraude atrás da outra, sustentando um estilo de vida incoerente com suas condições financeiras.

Nesse momento você verá Rodrigo Santoro, feliz da vida, descendo a Collins Avenue, em Miami, de braços dados com o já ex-policial. Depois dessa aparição, o ator brasileiro tem mais três curtas participações como Jimmy Kemple. Com certeza melhor do que em “As Panteras”, lembra-se? Está melhorando...

Jim Carrey, como sempre atua bem dos pés à cabeça, usando e abusando de seus recursos gestuais inatos bem conhecidos do público. Em nenhum momento aparenta ser um heterossexual fingindo ser gay.

Encarna de forma extravagante, sem passar do ponto, o golpista charmoso e carismático, que vai de um empresário provinciano a um exuberante criminoso de colarinho branco.

Com frequência, Steven foge da polícia e escapa de modo brilhante do sistema prisional do Texas em quatro diferentes ocasiões. Todas em nome do amor e sem fazer mal a ninguém. Um anti-heroi apaixonante!

Nessas idas e vindas, ele é enviado à Penitenciária Estadual, onde conhece Phillip Morris e, dentro da cadeia, começam a viver um grande amor. O homem sensível e de voz aveludada é muito bem interpretado pelo belo ator escocês Ewan McGregor (”Anjos e Demônios”).

Nesse momento fica claro que “I Love You Phillip Morris” possui dois protagonistas. Dar corpo e alma a Phillip é uma tarefa delicada para um ator, que se mal dirigido ou sem maestria cênica, facilmente cairia na caricatura. Ewan assimilou completamente a profundidade do Ser desamparado, infantil e idealizado do personagem.

Encantado com esses aspectos de sua personalidade, Steven vai até as últimas consequências tanto para libertar Phillip da cadeia quanto ao querer construir com ele uma vida perfeita, ironicamente associada ao famigerado sonho americano (american dream).

A narrativa, desenvolvida em primeira pessoa por Steven, o aproxima do espectador, que acredita piamente em tudo o que ele conta, presenteando a plateia com truques surpreendentes. Ora ele a conduz para o seu senso bem-humorado e aventureiro, ora para o contato com suas emoções. O roteiro tem força, tem justificativa e ousadia. O resultado final não é um filme extraordinário, mas cumpre bem o que lhe é proposto.

Grande parte das filmagens ocorreu em cadeias no Texas e em suas redondezas, mas não espere obter a visão, totalmente, real do sistema carcerário da localidade. A produção é romantizada e utiliza a ironia sem pudor.

A trilha sonora é um convite à dança e ao entusiasmo. Entre suas canções estão “Hallelujah, We Shall Rise" (Yellow Dog Choir), “Dance Hall Days" (Wang Chung), "It's You and Me Tonight" e “Vibe Time”. As duas últimas foram compostas e produzidas por Stephen Edwards.

Atualmente, o verdadeiro Steven Russell está confinado em sua cela, 23 horas por dia, pelos próximos 144 anos. Já Phillip Morris atuou como consultor no filme e faz uma ponta, juntamente com o autor do livro Steve McVicker.

Ficha Técnica:
I Love You Phillip Morris (O Golpista do Ano), 2009, EUA, 102 min, classificação: 16 anos
Gênero: Comédia / Drama
Direção: Glenn Ficarra e John Requa
Link para o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=XoFANivV44g
O lema da Parada Gay 2010, que acontece neste domingo, 6, é “Vote contra a homofobia: defenda a cidadania!”. É uma alusão ao projeto de lei que defende a criminalidade para a homofobia, ainda não aprovado.
Mais informações sobre a Parada, acesse http://www.paradasp.org.br/

sábado, 29 de maio de 2010

“Sex and the City 2” exibe um mundo de glamour, consumo e muito humor

O filme de número dois, com base no seriado “Sex and the City”, estreou ontem (28) em cinemas de todo o mundo. A película apresenta um texto repleto de humor simples e simultaneamente cáustico, às vezes romântico, os cenários são exóticos e luxuosos, com roteiro e personagens fiéis à série. Sim, diversão! Tudo continua muito bem-humorado e este é um dos principais motivos para assistir ao filme.

A outra razão, evidente, é compartilhar as crises da jornalista e escritora Carrie (Sarah Jessica Parker), o conflito em relação ao envelhecimento de Samantha (Kim Cattrall), o Eu idealizado de Charlotte (Kristin Davis) e a autoafirmação de Miranda (Cynthia Nixon), entre outros sentimentos dominados pela complexidade do universo feminino.

Em outras palavras, reviver e matar a saudade dos momentos prazerosos com essas quatro mulheres divertidíssimas e encantadoras. Afinal, passaram-se exatos doze anos, seis temporadas e um bem-sucedido longa-metragem. Porque não voltar no tempo e aproveitar mais essa chance? E com muito glamour, of course! Não espere nada mais!

Desde o seu começo, “Sex and the City” tornou-se um fenômeno internacional, com plateias ao redor do planeta, que rapidamente se identificaram com histórias de Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda. Na TV, a série rendeu mais de US$ 415 milhões em todo o mundo.

A sensação de muitos fãs é a de que as personagens são amigas de infância e não personagens de uma obra de ficção. A linguagem simples e fora da realidade da maioria de seus espectadores surpreendentemente conversa intimamente com eles. Coisas desse mundo contemporâneo entrópico!

E vale dizer: as atrizes continuam ancorando muito bem essas figuras universais. O filme, além de manter o eixo fundamental representado pela amizade e lealdade entre elas, arrisca ao tentar se aprofundar em dois pontos: a crise conjugal de Carrie e John, o Mr. Big (Chris Noth) e a obsessão pela juventude de Samantha. Consegue? Não!

Completando dois anos de casados, Carrie e Mr. Big entram em turbulência ao sentir que a rotina e a falta de ânimo começam a fazer parte de suas vidas. Essa preocupação é claramente mais experimentada por Carrie, que a partir dessas constatações passa a ficar insegura, confusa, bem desequilibrada...

Ela que escrevia sobre a vida de solteira em Nova Iorque, agora passa a falar sobre o voto do casamento e, claro, os pontos de incongruência em sua vida são facilmente transferidos para a sua obra. Assim, a personagem experimenta, mais uma vez, ser foco de crítica, nascendo outra frustração.

Mas ela, que já sofreu muito em função de seus sentimentos objetivados por Mr. Big durante os episódios na TV, na película é acolhida pelo marido, que exibe maturidade, compreendendo o momento da esposa amada, que muitas vezes se comporta como uma menina. Ele mesmo a chama carinhosamente de kid (criança) ao longo da história.

Já a exuberante Samantha continua preocupada com a aparência. A guerra é literalmente declarada ao envelhecimento pela mais velha das quatro inseparáveis amigas, com 52 anos. Ela tem como motes os hormônios, a juventude, o luxo, a beleza e, claro, isso continua super latente: sua libido exacerbada.

A personagem nega a passagem do tempo. Ela não aceita a possibilidade de colecionar as implacáveis marcas da idade. Esse fato leva a encenações engraçadas. Ela aparece com cremes no rosto, tem malas revistadas no aeroporto e cria uma relação de dependência com suas 44 pílulas que toma diariamente, entre vitaminas, medicação para reposição hormonal, anti-radicais livres, entre outros.

Para um bom pensador, a obsessão de Samantha pode significar um questionamento sobre a busca desenfreada pela perfeição do corpo, a qual muitas pessoas se envolvem de forma inconsciente e desmedida. Pior ainda quando esse desejo leva esses seres a situações de risco em cirurgias estéticas e aplicações de medicamentos proibidos. Nada novo, mas muito atual!

A pergunta sugerida pelo comportamento de Samantha poderia ser: Até que ponto fazemos parte da ditadura do físico perfeito, imposta pelos dias de hoje? Que tal?

A crise que envolve a maternidade é o tema de Charlotte. Ela entra no drama, na vítima e na culpa, ao mesmo tempo. A sua filha menor, Rose, chora constantemente. Ela sente-se sufocada, mas não admite. A outra maior também lhe exige bastante. Para completar o Rê-Tê-Tê aparece uma babá fogosa que lhe deixa, aparentemente, insegura com relação ao marido.

Todos esses conflitos emocionais de Charlotte dominam o seu ser e lhe tira o sossego, durante quase toda a viagem que as quatro fazem ao novo Oriente Médio, em Abu Dhabi. Seu sofrimento é atribuído à idealização de um casamento e filhos perfeitos.

Por último vem Miranda com as questões profissionais. Acima de tudo ela é uma advogada, inteligente e muito competente, porém ainda não encontrou o eixo de equilíbrio entre ser mãe, esposa e boa profissional.

Se as discussões apresentam tentativas de se aprofundar, o alcance é parco. O filme é para se divertir e reencontrá-las. Essa é a promessa! No mais, você vai notar um exagero de cores nas roupas, uma crítica americana ao Oriente Médio, uma rápida participação da sempre charmosa Penélope Cruz e uma exaltação merecida à Liza Minnelli, cantando e dançando "All the Single Lady", mais admirável do que brega. Afinal... é Liza, aos 64 anos, e de "shortinho"!

O diretor e roteirista é Michael Patrick King. E para quem não sabe a série de TV foi criada por Darren Star, inspirada nos personagens do livro de Candace Bushnell.

A equipe de produção conta com alguns veteranos de “Sex and the City”, como o diretor de fotografia John Thomas, o desenhista de produção Jeremy Conway, o editor Michael Berenbaum, além da estilista e figurinista Patrícia Fields e do compositor Aaron Zigman.

Boa sessão!

Ficha Técnica:
"Sex and the City 2", 2010 (EUA), 146 min, comédia romântica, classificação: 14 anos
Dreção e roteiro: Michael Patrick King
Atores: Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis, Cynthia Nixon, Chris Noth e outros
Estúdio e distribuidora: Warner Bros. Pictures
Produção: Michael Patrick King, John P. Melfi, Sarah Jessica Parker e Darren Star
Site oficial: http://www.sexandthecity2.com.br/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Segunda Festa do Teatro começa amanhã!

Você sabia que amanhã, dia 27, a partir das 11 horas, começa a distribuição gratuita de ingressos para diversos espetáculos em cartaz na cidade de São Paulo?

A segunda edição da Festa do Teatro distribuirá 30 mil ingressos para o público adulto e 10 mil para a criançada até sábado (29). Serão sete pontos, onde cada pessoa terá direito a um par de convites. Basta ter disposição para enfrentar as filas, pois a julgar pelo ano passado, elas serão longas.

A abertura do evento será no dia 27, ao meio-dia, na fachada do edifício das Casas Bahia, Praça Ramos de Azevedo, Centro. Lá, um grupo do Circo Funâmbulos fará apresentações, tendo o rapel como base para suas performances. Porém, os pontos localizados nos bairros da Lapa, Vila Formosa, Santo Amaro e Vila Nova Cachoeirinha começarão a distribuir os tíquetes às 11, finalizando às 14 horas.

Já os quiosques do Teatro Municipal, SP Escola de Teatro e Centro Cultural de São Paulo atenderão das 16 às 19 horas. A iniciativa inclui 183 peças em cartaz e você poderá usufruir o par de convite entre 28 de maio e 6 de junho.

Clique no link oficial do evento e veja quais espetáculos estarão disponíveis no local de sua escolha. http://www.festadoteatro.com.br/

sexta-feira, 21 de maio de 2010

QUINTA Q PARIU! volta às quintas, em junho

Se você é daquelas pessoas que adora ter um motivo para dar risada e, ainda, gosta de comédias no formato de esquetes, o mundo teatral tem uma boa notícia: dia 3 de junho estreia Quinta Q Pariu!, no Teatro Shopping Frei Caneca.

As apresentações serão todas às quintas-feiras, às 21h30. Os textos e personagens foram criados por cada um dos seis atores da montagem e a direção de cena ficou a cargo do também ator da produção Carlos Fariello.

Esta versão (o espetáculo já esteve no Teatro Folha) traz Marcelo Mansfield como convidado especial. Ele interpretará dois personagens. Um deles é Falso Modesto, um artista que se sente o máximo do máximo, e o outro é Franklin Silveira, um apresentador de uma coluna social.

Entre os pontos mais altos da encenação, segundo o produtor Marcel Sampaulo, estão: um turista que odeia viajar, um padre politicamente incorreto, os dilemas de um metrossexual muito confuso diante da tentativa de dar um simples banho em sua filha, a incompatibilidade de dois irmãos gêmeos e Nina, uma garotinha absolutamente nonsense, obrigada a ficar de castigo no quarto com seus irmãos para lá de encapetados.

Nesse cenário ainda surgem figuras ímpares como um personagem narcisista e o seu boneco inflável, cuja face é idêntica a dele, o casal Allien e o Predador medindo forças durante uma DR (discussão de relacionamento) e Zóio, um ex-presidiário inocente.

Para dar ritmo, de forma a costurar as cenas do espetáculo, surge o gerente de RH. Ele entra e sai do jogo cênico com frases que denunciam suas variações de humor.

Segundo seus criadores, no espetáculo não cabem rótulos ou segmentações. Para eles, o Quinta Q Pariu! foi concebido para agradar todos os gostos, porém busca a sua própria identidade.

A Cia. de Humor Quinta Q Pariu! teve início em 2006, quando seis atores tiveram a ideia de apresentarem suas performances, despretensiosamente, no palco de um bar localizado no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo.

Essa experiência deu a cada um deles a chance de desenvolver seus personagens, seus textos e testá-los junto ao público. Nesse período, o material foi trabalhado, adaptado e modificado. Daí foi um pulo para o espetáculo ocupar o palco do Teatro Folha, depois de ter participado do projeto Nunca Se Sábado.

Serviço:
Quinta Q Pariu! (75 minutos), classificação: 12 anos, comédia.
Teatro Shopping Frei Caneca (600 lugares)
Rua Frei Caneca, 569 - 6º andar – Cerqueira Cesar.
Informações: (11) 3472.2226/ 2229/ 2230
Bilheteria: Terça a domingo, das 13h às 19h ou até o início do espetáculo.
Vendas: http://www.ingressorapido.com.br/ e 4003.1212
Quintas, às 21h30 - R$ 50

Ficha Técnica:
Elenco: Antonio Ribeiro, Marlei Cevada, Maurício Sampaulo, Melissa Comunalle, Théo Ribeiro e Carlos Fariello
Foto: Káki

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vem aí Zorro, O Musical

Entre os musicais previstos para entrar em cartaz neste segundo semestre está o lendário Zorro. Gerações dos anos de 1970 deliciaram-se com os episódios da série na televisão, estrelada por Guy Williams.

O espetáculo é baseado no livro Zorro - Começa a Lenda, da famosa escritora chilena Isabel Allende (A Casa dos Espíritos, De Amor e de Sombra, Paula e Cidade das Feras) e conta a história do notório personagem mascarado, que ganhou ainda mais popularidade com a interpretação de Antonio Banderas no cinema.

Dirigido pelo admirado Roberto Lage, a versão brasileira será executada por uma orquestra de 10 músicos com direção musical de Willy Verdaguer.

Conforme Lage, “a música é um dos pontos altos do espetáculo, todas compostas pelo famoso grupo francês Gipsy Kings". Segundo ele, as mais conhecidas no Brasil como 'Djobi, Djoba', 'Bamboleo' e 'Baila Baila', entre outras canções, prometem levantar o astral da plateia.

Murilo Rosa foi o escolhido para encarnar o mascarado, ao lado de 27 atores, entre eles: Camilla Camargo (Luiza), irmã da cantora Wanessa Camargo, Claudio Curi (o Velho Cigano, que narra o espetáculo), Naima (Inês), Gerson Steves (Sargento Garcia) e Luiz Araújo, o irmão do Zorro.

A história aborda desde a ida de Diego de La Veja para a Califórnia até assumir, secretamente, o seu alter-ego Zorro.

Suas paixões, batalhas e espírito idealista estarão estampados nesse musical que mistura humor, esgrima, sapateado, luta e dança flamenca. Tudo associado ao comportamento do brasileiro, de acordo com Lage.

Zorro, The Musical ficou em cartaz durante nove meses em Londres e ganhou cinco indicações ao prêmio britânico Oliver, equivalente ao americano Tony Awards, com a premiação da artista que interpretou a cigana Inês.

Em outubro do ano passado a temporada foi iniciada em Paris, no Teatro Follies Bergere e deve permanecer em cartaz até agosto de 2010.

Um pouco do espetáculo apurado pelo Rê-Tê-Tê, durante a coletiva:
Don Diego de La Vega é um jovem rapaz rico que sai da Califórnia e vai estudar em Barcelona deixando para trás Luiza, o seu amor de infância.

Mais tarde em Barcelona, Diego se afasta da escola para se juntar ao grupo de músicos ciganos, tornando-se a estrela principal. Luiza encontra Diego e pede para ele voltar a Califórnia, pois Ramon, seu irmão, assumiu o poder após a morte de Don Alejandro, seu pai, e se tornou um capitão para lá de tirano.

Inês, uma cigana apaixonada por Diego e de forte personalidade, convence todos os ciganos do grupo a irem para Califórnia ajudar o amado.

Após testemunhar a crueldade de Ramon, Diego decide criar um herói para combatê-lo, daí nasce Zorro.

Durante o espetáculo, Ramon quer acabar com Zorro, o herói que luta pela paz de seu povoado. Já Inês sonha em ser correspondida por seu amor e Luiza quer saber quem é o charmoso e encantador homem, escondido por trás daquela máscara.

Serviço:
Zorro – O Musical
Previsão de estreia: julho de 2010
Curta temporada: julho a setembro de 2010
Teatro das Artes
Avenida Rebouças, 3970/ 3° andar – Shopping Eldorado
Bilheteria: (11) 3034-0075

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Virada Cultural começa amanhã!

Para quem vive na cidade São Paulo, a Virada Cultural é um evento de importância. Primeiro porque democratiza as artes; segundo, porque reúne vários tipos de gêneros culturais. Muito difícil não satisfazer todos os gostos. Terceiro, na maioria, a programação é gratuita.

Outros motivos: apresentações de qualidade, valorização dos artistas e da cultura brasileira, projeção da cidade e o grande prazer de andar pelas ruas, durante a madrugada, conversando e brincando com amigos, livre da grande preocupação, que assola a paz dos paulistanos, de ser vítima de algum tipo de violência frequente na cidade. A visita noturna ao parque da Luz é um exemplo.

Sem falar nas delícias de entrar na Pinacoteca, no Centro Cultural de São Paulo, nos Sescs depois da meia-noite. É uma sensação de liberdade e bem-estar, que deveria ser comum na capital não somente nessas famosas 24 horas, mas Sempre. Seus cidadãos merecem! Proporcionar eventos nos CEUs para moradores mais afastados do Centro também é uma boa atitude.

Essas vantagens começam às 18 horas de amanhã (15) e vão até as 18 horas de domingo (16). A sexta edição do evento reúne shows, peças de teatro, espetáculos circenses, de dança, folclóricos, concertos musicais, cinema etc.etc.etc.

A expectativa da Secretaria da Cultura é a de que quatro milhões de pessoas participem da programação. Serão cerca de mil atrações, apoiadas por um investimento de R$ 8 milhões. Cinco milhões a mais do que no ano passado e um salto exorbitante em relação aos R$ 600 mil da primeira edição, de 2005.

O show de abertura, no sábado, às 18 horas, ficará por conta dos cubanos Barbarito Torres e Ignácio Mazacotte, do Buena Vista Social Club, no Palco da Praça Julio Prestes. Entre os shows internacionais destacam-se as bandas de Janis Joplin e Frank Zappa, Booker T. e Living Colour.

Toquinho, Zélia Duncan, Elza Soares, Titãs, Living Colour e ABBA - The Show (sim, é o mesmo espetáculo que se apresenta em Curitiba, no dia 23 de maio, com preços entre R$ 120 e R$ 400) também fazem parte da agenda.

Também haverá apresentações da Orquestra Imperial, Arnaldo Antunes e Móveis Coloniais de Acaju, os quais poderão ser vistos no Sesc, porém serão pagos.

Para quem prefere música clássica, o Palco da Praça da Luz terá apresentações da Orquestra Sinfônica de São Paulo (OESP) e da São Paulo Companhia de Dança, com o espetáculo Tchaicovsky Pas de Deux. Será a primeira vez que estarão juntas ao ar livre.

Na Vieira de Carvalho, point gay da Paulicéia, você verá os tradicionais e divertidos Arrigo Barnabé, André Abujamra, Frank Elvis & Los Sinatras - Baile da Vassoura, Luis Caldas, Jerry Adriani e Wanderléa.

Como tem acontecido nos últimos anos, a Virada terá mostra e sessões de cinema. Todos os filmes têm legendas em português. As salas escuras liberadas compõem o Cine Olido, onde indico o Hanami – Cerejeiras em Flor (direção de Doris Dörrie); o Cine Dom José, que abrigará exibições de filmes do monstro Godzilla, além do Cine Arouche, Cinesesc e o Cine Windsor para quem gosta de clássicos da licantropia (lobisomem, besta).

No Palco da dança (Vale do Anhangabaú), diversas companhias se apresentarão. Entre elas, São Paulo Companhia de Dança, Cena 11, Cisne Negro e Balé da Cidade. O destaque é a parceria entre a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a São Paulo Companhia de Dança.

Em palco montado entre a Pinacoteca e a Estação Luz do Metrô, a Osesp, regida pelo maestro John Nelson, homenageia o bicentenário de nascimento de Schumman com a execução da abertura da obra Manfred e a Sinfonia nº2. Na sequência, como já mencionado, a orquestra acompanhará um casal de bailarinos, que apresentará Tchaikovsky Pas-de-deux, de George Balanchine.

As crianças, até que enfim, também serão contempladas. Além da apresentação do maravilhoso Palavra Cantada (Sandra Peres e Paulo Tatit), que acontecerá em palco fixo, elas poderão andar pelo Centro e se divertir com o palhaço Xuxu (Luiz Carlos Vasconcellos), com a Família Burg (o circo tradicional em leitura contemporânea) e a companhia Pia Fraus, entre outros, os quais se deslocarão nas imediações do Vale do Anhangabaú.

Além disso, para todas as idades o jogo de futebol apresentado pelos Acrobáticos Fratelli e as esquetes dos vários artistas de rua. Unidades do Sesc também têm espetáculos dessa natureza.

No Palco Barão de Limeira você dançará ao som de músicos jamaicanos como Pablo Moses e Clinton Fearon, além da primeira formação da banda Cidade Negra, que traz Ras Bernardo nos vocais, interpretando canções do disco Lute para Viver (1991), além da Tribo de Jah.

De acordo com a organização, serão disponibilizados cerca de mil banheiros químicos, 57 ambulâncias, 20 UTIs móveis, 700 seguranças particulares. O metrô e os trens da CPTM funcionarão durante as 24 horas do evento.

Espero que essas simples ações, as quais envolvem limpeza, higiene e segurança sejam, rigorosamente, cumpridas pela Prefeitura Kassab, que tem deixado esses itens a desejar nos últimos três anos da Virada.
É fundamental também que haja fiscalização acirrada sobre o grave fato do consumo de bebida alcoólica entre os adolescentes, que invariavelmente são vistos bêbados pelas ruas, em situações vexatórias. Além de ser crime o consumo de bebida alcoólica para eles, a venda indiscrimida por camelôs não é legalizada e todos os anos esses acontecimentos se repetem. São apenas medidas simples e assertivas, que podem garantir um evento de fato prazeroso e democrático. O Governo precisa ter mais consciência sobre essa sua responsabilidade.

A parte desses problemas, você pode, ainda, se divertir. Então, elabore o seu roteiro, convide seus amigos e abra espaço para se envolver e se emocionar com espetáculos de qualidade. Clique no site oficial e escolha: http://viradacultural.org/programacao. O Blog É Todo um Rê-Tê-Tê deseja-lhe um lindo final de semana!

sábado, 8 de maio de 2010

Reestreia de “In On It” foi animada e muito aplaudida!

A peça In On It, sem dúvida é um marco atual do teatro brasileiro. Sucesso de público e crítica, no Rio de Janeiro (2009) e em São Paulo (2010), reestreou ontem, 07 de maio, no Teatro Eva Herz.

A montagem, que rendeu o Prêmio Shell Rio de Melhor Ator a Fernando Eiras e Melhor Diretor a Enrique Diaz, soma todas as novidades da sexta arte contemporânea e deixa o espectador entusiasmado, perplexo. Texto e ótima direção, certos momentos, quebram a quarta parede, interagem com a plateia, fingem não estar no palco, criam situações inusitadas.

Vale a pena! Eu diria até: - Não perca a oportunidade de fazer parte desse momento, o qual comprova que o melhor teatro é feito de texto + ator + relações humanas em profundidade. Atuações complexas dentro um universo poeticamente muito abaixo da superfície dão o tom de In On It. (Tradução livre Por dentro).

A narrativa segue uma arquitetura orgânica (não linear) e exige muito dos atores Fernando Eiras e Emílio de Mello, que não deixam a desejar em nada! Os personagens são "Este Aqui" e "Aquele Ali", que entram e saem do jogo cênico com fluência lógica e harmônica. Perfeito!

Os atores revezam-se com maestria ao interpretarem 10 personagens diferentes, enquanto discutem sobre o processo de criação de uma peça de teatro.

É uma metalinguagem. Uma peça falando da elaboração de uma outra peça, enquanto uma terceira peça se anuncia. Nessa moderna mimese teatral, três camadas são apresentadas e fundidas durante o espetáculo: a peça (escrita por um dos personagens em cena), a atuação cênica e a intersecção entre o passado e o presente.

O presente consiste principalmente na discussão entre “Este Aqui” e “Aquele Ali”, que hora um ou outro é Raymound (Ray), Loy, Brenda, Terry e outros. Tudo isso em um único figurino constituído por camisa, calça, sapato, tênis, gravata e um casaco. Incrível!

Há um acidente envolvendo um carro Mercedes azul. O auto é jogado para uma outra pista, sem motivo aparente. “Este Aqui” e “Aquele Ali” representam cenas do espetáculo que "Este Aqui" escreveu sobre Ray, o qual supostamente dirigia a Mercedes.

Em um dado momento, Ray descobre que sofre de uma doença grave, a partir de exames médicos. Um gancho que permite aprofundar a misteriosa condição humana de vida x morte. Tratam-se de seres angustiados, inseguros, confusos, vitimados, corajosos, egoístas, amorosos, alegres, gentis, engraçados, enfim duais, humanos.

Os personagens discutem sobre situações que envolvem, ainda, a mulher de Ray, Brenda, seu filho Max e seu velho pai. No decorrer da história, os dois vivenciam implicações de suas vidas pessoais, nas quais a homossexualidade - não panfletada, nem atacada - existe como um dos componentes reais da complexidade apresentada.

Em muitos momentos, a sensação é de estar assistindo a um filme. A iluminação, o jogo cênico e o próprio cenário simples (duas cadeiras e um tapete), a direção e os generosos atores sugerem uma montagem cinematográfica. A rapidez ao vestir um personagem e outro, alinhada fielmente ao texto, faz um convite especial a sua concentração e ao olhar atento. Não abstraia!

O texto, até então inédito no Brasil, é do dramaturgo canadense Daniel MacIvor. Ele foi descoberto pelo diretor Enrique Diaz, durante uma viagem a Nova Iorque. Uma atmosfera de mistério permeia In On It, que oferece muitas surpresas à plateia. O público ora se manifesta gargalhando, ora silenciosamente é atraído pelo rumo da história. O final da reestreia foi marcado por admiração e muito, mas muito aplauso!

*Se você desejar ampliar a discussão, deixe uma mensagem em Comentários (abaixo) com o seu e-mail. Terei o enorme prazer em conversar sobre o tema! Grata pela leitura!

IN ON IT
Teatro Eva Herz, 60 minutos, 166 lugares, a partir de 16 anos.
Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073 – Cerqueira César
Sexta e Sábado, às 21h. Domingo, às 18h
Sexta – R$ 40; Sábado e Domingo – R$ 50
Bilheteria: de segunda a sábado, das 14h às 21h. Domingo e feriado, das 12h às 19h30. Informações: 3170-4059 – Aceita todos os cartões de crédito e débito. Não aceita cheque.
Vendas pelo 4003-2330 e http://www.ingresso.com.br/
Até 27 de junho

Ficha Técnica

Texto: Daniel MacIvor
Tradução: Daniele Ávila
Direção: Enrique Diaz
Elenco: Fernando Eiras e Emílio de Mello
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenografia: Domingos de Alcântara
Figurino: Luciana Cardoso
Trilha Sonora: Lucas Marcier
Direção de Cena: Marcos Lesqueves
Produção Executiva SP: Roberta Koyama
Direção de Produção RJ: Rossine A. Freitas
Direção de Produção SP: Henrique Mariano
Produção: Enrique Diaz
http://inonit.wordpress.com/